São Paulo, quinta-feira, 05 de fevereiro de 2009

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Ex-sindicalista, Lula dá espaço a movimento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O movimento sindical ganhou proeminência no governo Lula encontrando espaço para ver atendidas reivindicações históricas. Capitaneada por um ex-metalúrgico e sindicalista, a atual administração apresenta em seus quadros ministros e integrantes do segundo escalão oriundos dos sindicatos.
Pelo Ministério do Trabalho, já passaram dois sindicalistas de peso ligados ao PT e ao seu braço sindical, a CUT (Central Única dos Trabalhadores): o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) e o prefeito de São Bernardo (SP), Luiz Marinho. Atualmente, o ministério é ocupado pelo pedetista Carlos Lupi, ligado à Força Sindical.
Escalado por Lula para ser o interlocutor direto dos movimentos sociais, o secretário-geral da Presidência, Luiz Dulci, também provém do mundo sindical. O ex-ministro Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) é outro exemplo de assessor com origens no sindicalismo.
No governo Lula, os sindicalistas conseguiram criar uma política de correção do salário mínimo, garantindo reajustes reais a cada ano. Além disso, foram vitoriosos ao levantar outras bandeiras, como a correção da tabela do Imposto de Renda.
A mais nova batalha dos sindicalistas, que vem ganhando cada vez mais apoio do governo, é a exigência de contrapartidas de emprego para empresas que recebem recursos públicos.
Outra demonstração do poder de fogo dos sindicatos foi o fato de, ainda no primeiro mandato, entre as principais reformas encampadas pelo governo figurar a sindicalista, uma antiga demanda.
Mas a falta de consenso entre empresários e trabalhadores sepultou o plano de reestruturar os sindicatos.


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