São Paulo, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

LIQUIDEZ MAIOR
Apesar do cenário pouco favorável para os preços dos grãos em 2009/10, o valor da terra segue melhorando no Brasil. Em novembro e dezembro, o preço médio nacional do hectare subiu para R$ 4.593, com alta de 5% em relação a igual período de 2008.

DESTAQUE NO SUL
Jacqueline Bierhals, analista da AgraFNP, empresa que acompanha o valor da terra no país, diz que o destaque ficou para a região Sul, onde a alta acumulada em 2009 foi de 8,8% e a dos últimos 36 meses somou 57%. "A procura por imóveis no Sul está aquecida, mas a oferta é limitada", diz ela.

OS PREÇOS
A pesquisa da AgraFNP apurou que o hectare de terra foi negociado no Sul a R$ 9.493, em média, em novembro e dezembro. No Centro-Oeste, onde o interesse pela terra passa também pelos estrangeiros, o hectare subiu para R$ 3.446, em média.

NOZ PECÃ
A Emater/RS e o Banco do Brasil darão suporte e auxílio técnico para elevar a produção de noz pecã entre pequenos produtores gaúchos. Faz parte do projeto também a Pecanita, uma das principais empresas do setor e que planeja vender 30 mil mudas neste ano.

ESPERA
O custo para a implantação é de R$ 6.500 por hectare (200 nogueiras) e a árvore começa a produzir em escala comercial a partir do 6º ano. Os pequenos produtores terão uma linha especial de crédito do Banco do Brasil, de R$ 2.500 a R$ 36 mil, com juros de 2% a 5% ao ano e carência de oito anos.

PARA BAIXO
O açúcar, que chegou perto dos 30 centavos de dólar por libra-peso no final de janeiro, recuou para 27,64 centavos ontem na Bolsa de commodities de Nova York. A queda acumulada é de 7,6% no mês.

EFEITO DÓLAR
Os problemas financeiros da Grécia e a alta do dólar respingaram sobre as commodities agrícolas ontem. Houve uma queda de apetite dos investidores no setor, fazendo com que os preços das chamadas commodities "soft" (açúcar, café, suco etc.) recuassem.

NO LUCRO
A Bunge anunciou ontem nos Estados Unidos que obteve lucro líquido de US$ 361 milhões no ano passado. Esse valor, no entanto, registrou queda de 66% em relação ao US$ 1,01 bilhão de 2008.

PODERIA SER MELHOR
Uma das causas do lucro menor da empresa foram perdas com fertilizantes, cujo prejuízo somou US$ 616 milhões em 2009. O Brasil, onde a empresa vendeu a produção de fertilizantes, ajudou na queda.


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