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Bancos apontam má-fé na liquidação da CAC
Luiz Carlos Murauskas/Folha imagem
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Piscina de clube, em Cotia, que pertencia à CAC (Cooperativa Agrícola de Cotia) e foi alugado para antigos cooperados por R$ 12 mil |
RICARDO GRINBAUM
da Reportagem Local
A disputa pelo espólio da Cooperativa Agrícola de Cotia (CAC) trouxe à tona histórias estranhas. O liquidante nomeado pela Justiça para cuidar da CAC, Felipe Pugliese, suspeita de que os credores foram prejudicados deliberadamente pelos antigos responsáveis pela cooperativa.
"O patrimônio estava escorrendo pelo ralo, em ações trabalhistas perdidas de maneira suspeita ou no aluguel de imóveis com valores camaradas", diz Pugliese.
A disputa envolve uma herança bilionária. Uma das 30 maiores empresas brasileiras até os anos 90, a CAC deve R$ 3 bilhões a 83 bancos e tem 400 imóveis. Há cinco anos, seu patrimônio era de R$ 1 bilhão. Hoje, ninguém sabe quanto vale.
Mas não é pouco. Só no PR, a CAC tem propriedades que somam 1,8 milhão m2 e estão alugadas por R$ 88 mil. Em SP, aluga a área de um clube, de 170 mil m 2, por R$ 12 mil.
"Existem contratos suspeitos que precisam ser investigados", diz José Hélio Borba, advogado de bancos. A briga pela herança da CAC envolve bancos, cooperados e sindicatos.
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