|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Abertura argentina
corta custo em 50%
da Reportagem Local
Os efeitos da liberação do mercado de energia elétrica na Argentina, iniciada em meados dos
anos 90, são palpáveis. O preço
médio de produção do megawatt-hora há cinco anos era de US$ 30.
Despencou para os US$ 16 praticados atualmente.
No Brasil, o valor médio da
energia nas usinas mais novas é
de R$ 50 por megawatt-hora. Ou
US$ 28. Quer dizer, o país ainda
tem um bom caminho a percorrer
para atingir preços competitivos.
A oferta do insumo não preocupa o governo argentino, mesmo
porque a recessão diminuiu a demanda. O Brasil até fechou um
contrato para receber mil megawatts do país vizinho a partir de
abril. "Trata-se de um contrato
inédito entre os dois países", lembra Paulo Ludmer, da Abrace.
Para enfrentar o maior tráfego
que a energia elétrica terá pelos
Estados, com a liberação do mercado, o governo tomou uma providência importante. Decidiu
abrir licitações neste ano para
acrescentar 4,6 mil quilômetros à
rede de 70 mil quilômetros de linhas de alta tensão.
O primeiro trecho foi arrematado no dia 24 de fevereiro pelo
consórcio Multiservice/AMP. São
509 quilômetros entre Taquaruçu, Assis e Sumaré, no interior
paulista. Outras linhas de transmissão ligarão o Distrito Federal
ao Maranhão, Minas Gerais à Bahia e Tocantins à Bahia.
Tudo isso tem criado Bolsas de
negociação de energia elétrica por
todo o país. Foram abertas sete
companhias especializadas unicamente na comercialização do
insumo.
Uma delas é a Tradener, ligada à
Companhia Energética do Paraná
(Copel). Essa já conseguiu abocanhar contratos de grandes empresas de São Paulo, como a unidade
Taubaté da Volkswagen e a Carbocloro.
(LV)
Texto Anterior: Infra-estrutura: Energia ganha livre mercado em julho Próximo Texto: Mundo virtual: Comércio popular cria "sacoleiro.com" Índice
|