São Paulo, domingo, 05 de março de 2000


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Abertura argentina corta custo em 50%

da Reportagem Local

Os efeitos da liberação do mercado de energia elétrica na Argentina, iniciada em meados dos anos 90, são palpáveis. O preço médio de produção do megawatt-hora há cinco anos era de US$ 30. Despencou para os US$ 16 praticados atualmente.
No Brasil, o valor médio da energia nas usinas mais novas é de R$ 50 por megawatt-hora. Ou US$ 28. Quer dizer, o país ainda tem um bom caminho a percorrer para atingir preços competitivos.
A oferta do insumo não preocupa o governo argentino, mesmo porque a recessão diminuiu a demanda. O Brasil até fechou um contrato para receber mil megawatts do país vizinho a partir de abril. "Trata-se de um contrato inédito entre os dois países", lembra Paulo Ludmer, da Abrace.
Para enfrentar o maior tráfego que a energia elétrica terá pelos Estados, com a liberação do mercado, o governo tomou uma providência importante. Decidiu abrir licitações neste ano para acrescentar 4,6 mil quilômetros à rede de 70 mil quilômetros de linhas de alta tensão.
O primeiro trecho foi arrematado no dia 24 de fevereiro pelo consórcio Multiservice/AMP. São 509 quilômetros entre Taquaruçu, Assis e Sumaré, no interior paulista. Outras linhas de transmissão ligarão o Distrito Federal ao Maranhão, Minas Gerais à Bahia e Tocantins à Bahia.
Tudo isso tem criado Bolsas de negociação de energia elétrica por todo o país. Foram abertas sete companhias especializadas unicamente na comercialização do insumo.
Uma delas é a Tradener, ligada à Companhia Energética do Paraná (Copel). Essa já conseguiu abocanhar contratos de grandes empresas de São Paulo, como a unidade Taubaté da Volkswagen e a Carbocloro. (LV)


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