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MUDANÇA
Conselho do Fundo aprova ex-ministro da Economia da Espanha como diretor-gerente; Palocci elogia nomeação
Rato será 1º espanhol a comandar o FMI
DA REDAÇÃO
O conselho executivo do FMI
(Fundo Monetário Internacional)
aprovou ontem a nomeação do
espanhol Rodrigo Rato, 55, para
assumir o comando da instituição, criada há 60 anos. Rato, que
será o primeiro espanhol a ocupar
o cargo de diretor-gerente do organismo, sucederá o alemão
Horst Köhler, que renunciou ao
cargo em março.
Historicamente, a direção do
FMI é ocupada por um europeu,
enquanto o comando do Banco
Mundial fica a cargo de um norte-americano.
Rato terá um mandato de cinco
anos. Ministro da Economia da
Espanha de 1996 até o mês passado, deixou o cargo após a sua legenda, o conservador Partido Popular, ter perdido as eleições para
a oposição socialista.
Formado em direito, Rato promete ser mais político do que técnico no FMI. Fluente em inglês, o
novo diretor fez MBA na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Entre outros motivos, sua indicação ocorreu por causa de seus
conhecimentos sobre os países da
América Latina. O Brasil e a Argentina são atualmente os dois
países que mais devem ao FMI.
Uma das principais missões do
espanhol será promover o entendimento do governo argentino
com os seus credores privados.
No total, 87 países mantêm programas com o Fundo no momento. Ao final do ano passado, a dívida deles com organismo totalizava US$ 107 bilhões.
Brasil apóia
Por meio de sua assessoria, o
ministro Antonio Palocci Filho
(Fazenda) elogiou a escolha de
Rato como diretor-gerente.
"O ex-ministro Rodrigo Rato
demonstrou, na sua atividade governamental, grande capacidade
de lidar com a temática das finanças internacionais e uma visão
aberta e moderna sobre o FMI e
suas relações com os países membros", disse Palocci.
Segundo ele, o Brasil, que
apoiou sua indicação, cumprimenta a direção do Fundo pela
decisão e Rato pela escolha.
O Brasil foi um dos países em
desenvolvimento que apoiaram o
nome do espanhol. Os argentinos
também queriam Rato no comando do organismo, porque
acreditam que ele será um interlocultor mais acessível.
Mas o novo diretor promete ser
pouco flexível quanto ao relaxamento das regras contábeis do
FMI. No comando da economia
espanhola, Rato foi rigoroso no
controle dos gastos públicos.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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