Medidas terão efeito imediato, reduzindo custo do exportador, diz Mantega

LORENNA RODRIGUES
EDUARDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de meses de discussão, o governo federal anuncia hoje uma série de medidas para estimular o setor exportador e tornar os produtos brasileiros mais competitivos lá fora.
Ontem, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse que o pacote terá efeito imediato, porque barateará os custos para o exportador brasileiro.
No entanto, o ministro frisou que a economia mundial ainda passa por um período difícil e que há limites para o aumento da exportação de produtos brasileiros, já que muitos países ainda não estão em condições de elevar suas importações.
"Há limites porque todo mundo quer exportar. A Alemanha quer exportar mais, o Japão quer exportar mais, a concorrência fica mais difícil."
Para Mantega, outras medidas tomadas pelo governo já contribuíram para melhorar as condições para o exportador, como a cobrança de IOF sobre o capital estrangeiro investido em ações e em renda fixa.
"O câmbio tem uma volatilidade menor desde que implantamos a medida do IOF."
O anúncio do pacote deve ocorrer à tarde, após reunião do GAC (Grupo de Acompanhamento da Competitividade), do qual participam os ministros da área econômica e representantes dos diversos setores da indústria e do comércio.
Apesar de o presidente Lula ter prometido lançar o pacote até o fim de março, as medidas esbarraram em divergências entre os ministérios do Desenvolvimento e da Fazenda.
O maior embate ocorreu em relação à aceleração da devolução de créditos tributários, principal demanda dos empresários. Eles reclamam que o fisco segura por muito tempo os valores, referentes a tributos sobre as matérias-primas.


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