DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Guido Mantega (Fazenda) rebateu ontem uma das principais críticas feitas pela oposição à política econômica do governo: disse que as contas públicas estão equilibradas e que os gastos não são excessivos.
Mantega defendeu que, apesar de terem crescido nominalmente, as despesas com pessoal e com o custeio da máquina pública ficaram praticamente estáveis em relação ao PIB desde o começo do governo Lula.
Segundo dados citados pelo ministro durante seminário sobre os dez anos da Lei de Responsabilidade Fiscal, os gastos com o funcionalismo correspondiam a 4,81% do PIB em 2002 e passaram a 4,79% em 2009. Já o custeio, que representava 3,19%, subiu para 3,52% no período.
"Alguns dizem que há aumento excessivo de gastos com pessoal, mas isso não é correto. Não há nenhum desequilíbrio fiscal nesse quadro. Levando em conta que passamos por uma crise muito grande, nós conseguimos manter as contas equilibradas", afirmou Mantega.
O argumento, porém, não foi suficiente para convencer a oposição, que levará para a campanha as críticas aos gastos crescentes do governo.
Para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o próximo presidente terá de adotar medidas "drásticas" em relação ao endividamento público.


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