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Construtoras se unem em negócio de R$ 9 bi
Unidas, PDG e Agre ocupam o 2º lugar, atrás da Cyrela, no ranking de valor de mercado no setor de construção
DA REPORTAGEM LOCAL
A PDG Realty S.A Empreendimentos incorporou as ações
da Agre Empreendimentos
Imobiliários, criando uma empresa com valor de mercado da
ordem de R$ 9 bilhões.
Com o negócio, a PDG/Agre
passa a disputar com a Cyrela a
liderança no ranking de valor
de mercado de empresas de capital aberto do setor de construção de edifícios residenciais
e empreendimentos imobiliários, que está em expansão.
Esse mercado, avaliado em
R$ 90 bilhões anuais, deve
crescer 10% neste ano, após o
aumento de 1% em 2009, segundo estimativa do SindusCon SP, sindicato que reúne as
construtoras do Estado.
O negócio entre PDG e Agre,
que envolveu troca de ações (os
acionistas da Agre passam a ser
acionistas da PDG), ocorre
num momento em que os empresários da construção civil
têm boas perspectivas para o
desempenho de suas empresas
por conta da volta de financiamento para o setor.
"O mercado imobiliário vai
se expandir nos próximos anos,
com a perspectiva de crescimento econômico. A partir de
2006, com a abertura de capital, as empresas passaram por
saneamento e agora começam
a crescer também por meio de
fusões e aquisições", afirma
Eduardo Zaidan, diretor do
SindusCon SP.
A PDG, que não descarta a
possibilidade de aquisições
neste ano, vai continuar com
sua meta de ofertar imóveis para todas as classes sociais e em
todas as regiões do Brasil. A
Agre, que passa a ser subsidiária da PDG, vai se concentrar
em moradias para as classes
média e alta, segundo Ricardo
Setton, vice-presidente de relações com o investidor da Agre.
"O que mudou no setor nos
últimos três anos foi a disponibilidade de crédito para as
construtoras e para o consumidor, que pode financiar até 80%
do valor do imóvel em 30 anos",
afirma Setton.
O negócio entre PDG e Agre,
na avaliação do Sinduscon, não
resulta em concentração do setor. Zaidan afirma que existem
cerca de 100 mil construtoras
no país, das quais 18 mil estão
localizadas em São Paulo. A
maioria é pequena e média.
Cerca de 50 construtoras são
consideradas grandes no país.
"O mercado de construção de
edifícios residenciais e empreendimentos imobiliários no
Brasil, assim como no resto do
mundo, não é concentrado",
diz o diretor do SindusCon SP.
A aquisição da Agre pela PDG
deve resultar em lançamentos
com valor de venda entre R$
6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões neste ano. Com isso, segundo a
PDG, a nova empresa ocupará a
liderança no setor em lançamentos, superando a estimativa divulgada pela principal concorrente, a Cyrela, de lançar R$
5,5 bilhões neste ano.
No ano passado, os lançamentos da Agre e os da PDG somaram R$ 4,270 bilhões. Os da
Cyrela, R$ 4,476 bilhões.
Já as vendas da nova empresa, que totalizaram R$ 4,26 bilhões em 2009, superaram as
da Cyrela (R$ 3,96 bilhões). Se
considerados os terrenos de
Agre e PDG, o potencial para
lançamentos é da ordem de R$
29 bilhões. O potencial da
Cyrela é de R$ 32 bilhões.
Considerando as empresas
do setor de construção civil na
América Latina e nos Estados
Unidos, a Cyrela ocupa a primeira posição em valor de mercado, com U$ 5,245 bilhões,
conforme cotação da última segunda-feira, segundo levantamento da Economática.
A nova empresa criada por
PDG e Agre fica com a segunda
posição, com US$ 5,116 bilhões.
Já no ranking de vendas, a
Cyrela tem a quinta posição e a
PDG e Agre, a 12ª posição.
Com a Reuters
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