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Sem veto, medida custa R$ 7 bilhões
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
No mais otimistas dos
cenários, estender o reajuste de 16,7% do salário
mínimo a todas as aposentadorias e pensões do
INSS significaria empurrar para cerca de R$ 50 bilhões o déficit da Previdência Social neste ano.
Projeções mais pessimistas apontam um rombo
superior a R$ 52 bilhões.
O Ministério da Previdência calcula que o gasto
adicional do governo com
a extensão do reajuste seria de R$ 6,97 bilhões.
Anularia com folga todos
os esforços que a Previdência vem fazendo para
tentar conter fraudes e
desperdícios.
Exemplo: só o censo
previdenciário -que envolverá até o ano que vem
mais de 17 milhões de aposentados e pensionistas-
deve gerar uma economia
neste ano de R$ 900 milhões a R$ 1,3 bilhão.
Para este ano, a Previdência espera fechar o caixa com um saldo negativo
de R$ 43,2 bilhões. O secretário de Previdência,
Helmut Schwarzer, fala,
porém, em até R$ 45,8 bilhões.
Ambas as estimativas já
consideram tanto o reajuste de 16,7% para o mínimo -beneficiando cerca
de 15 milhões de pessoas-
quanto o aumento de 5%
para aqueles que recebem
acima de um salário mínimo. A diferença é que
Schwarzer não inclui em
suas contas a economia esperada com o censo e outras medidas gerenciais
nem os ganhos de arrecadação com a ampliação das
faixas do Simples (sistema
simplificado de pagamento de impostos e contribuições).
O mais curioso é notar
que o desejo dos parlamentares de estender o
reajuste de 16,7% a todos
os aposentados surge justamente no ano em que,
pela primeira vez na última década, os segurados
conseguem arrancar do
Planalto um acordo que
garante aumento real para
seus benefícios. O reajuste
de 5%, concedido em abril,
embute um ganho real para os aposentados de 1,8%.
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