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Para o setor, otimismo vem com cautela
MARINA FALEIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar do crescimento da
produção industrial, alguns
setores da economia acreditam que ainda não é hora de
comemorar resultados. "De
1980 para cá, o Brasil caiu da
5ª para a 13ª posição no
mundo em produção de bens
de capital, ou seja, perdemos
competitividade e mercado,
por causa dos juros altos e
dos impostos nos investimentos", diz Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq
(Associação Brasileira de
Máquinas e Equipamentos).
O setor é um dos que mais
cresceram no acumulado do
ano, 17,5%, segundo dados
do IBGE divulgados ontem.
"Acreditamos que, até o final
do ano, devemos fechar com
alta de até 14% na produção",
estima Aubert Neto.
Para Denis Ribeiro, coordenador do Departamento
de Economia da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação), a economia poderia crescer até 8% ao ano se a inflação não
fosse controlada apenas nos
juros. "Mesmo assim, o momento é positivo para o nosso setor, já que as empresas
exportadoras estão recuperando mercados, mesmo
com o real valorizado", diz.
A previsão dele é que o ramo de alimentação fechará o
ano com 4,5% de alta nas
vendas. Entre as indústrias
que sobressaíram no período, está a de carne, que recupera mercados perdidos nos
últimos dois anos devido à
crise da aftosa.
A Associação Brasileira da
Indústria Química (Abiquim) também estima que os
números das empresas que
representa devem continuar
em alta. "Nos últimos 12 meses, crescemos 3% na produção e acompanhamos a alta
de outros mercados que consomem produtos químicos,
como o automotivo, que teve
ótimo desempenho no ano",
afirma Fátima Giovanna Coviello, diretora de Economia
e Estatística da Abiquim.
De acordo com a consultoria Tendências, o setor industrial deve fechar 2007
com produção 5% maior em
relação ao ano passado.
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