São Paulo, sexta-feira, 05 de outubro de 2007

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Para o setor, otimismo vem com cautela

MARINA FALEIROS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar do crescimento da produção industrial, alguns setores da economia acreditam que ainda não é hora de comemorar resultados. "De 1980 para cá, o Brasil caiu da 5ª para a 13ª posição no mundo em produção de bens de capital, ou seja, perdemos competitividade e mercado, por causa dos juros altos e dos impostos nos investimentos", diz Luiz Aubert Neto, presidente da Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos).
O setor é um dos que mais cresceram no acumulado do ano, 17,5%, segundo dados do IBGE divulgados ontem. "Acreditamos que, até o final do ano, devemos fechar com alta de até 14% na produção", estima Aubert Neto.
Para Denis Ribeiro, coordenador do Departamento de Economia da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação), a economia poderia crescer até 8% ao ano se a inflação não fosse controlada apenas nos juros. "Mesmo assim, o momento é positivo para o nosso setor, já que as empresas exportadoras estão recuperando mercados, mesmo com o real valorizado", diz.
A previsão dele é que o ramo de alimentação fechará o ano com 4,5% de alta nas vendas. Entre as indústrias que sobressaíram no período, está a de carne, que recupera mercados perdidos nos últimos dois anos devido à crise da aftosa.
A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) também estima que os números das empresas que representa devem continuar em alta. "Nos últimos 12 meses, crescemos 3% na produção e acompanhamos a alta de outros mercados que consomem produtos químicos, como o automotivo, que teve ótimo desempenho no ano", afirma Fátima Giovanna Coviello, diretora de Economia e Estatística da Abiquim.
De acordo com a consultoria Tendências, o setor industrial deve fechar 2007 com produção 5% maior em relação ao ano passado.


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