TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

Apesar da queda nos indicadores de setembro com relação a agosto, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) reviu as projeções para o ano. A previsão de aumento nas vendas passou de 2,35 milhões de unidades -anunciada em julho- para 2,4 milhões a 2,45 milhões, subindo de 22% para 25% o incremento no confronto com o ano passado.
Na produção, a nova marca esperada pela indústria é de 2,96 milhões de veículos, contra 2,87 milhões previstos anteriormente, com a expansão revista de 10% para 13,4%. Na avaliação do presidente da Anfavea, Jackson Schneider, o recorde se deve a uma demanda reprimida e às condições econômicas favoráveis.
A inadimplência superior a 90 dias continua baixa no setor, chegando a 3,2%, contra 7,2% no geral. O consultor David Wong, da Kaiser Associates, lembra ainda que dezembro é historicamente um dos melhores meses do ano, alavancado pelas promoções para o cumprimento de metas internas, acirrando a concorrência.
Não houve alteração nos números projetados para as exportações, que apresentaram queda de 7,9% em unidades, no acumulado do ano até setembro, e aumento de 5% em valor.
Apesar da queda de 13,3% nas vendas com relação a agosto, o mês passado foi o melhor setembro da indústria automobilística. Segundo o presidente da Anfavea, a redução se deve à menor quantidade de dias úteis. Considerando a média diária de licenciamentos, houve alta de 5% nesse confronto.
O acumulado dos nove primeiros meses do ano também bateu recorde e registrou alta de 27,4% em comparação ao mesmo período de 2006.
A participação dos veículos importados chegou a 11,6% em setembro e 10,1% na média anual. Até o mês passado, foram licenciadas 175.024 unidades, quase o dobro de 2006. Para o consultor especializado no setor André Beer, essa marca pode superar 250 mil no ano com o câmbio favorável. Já a fatia dos carros com motor 1.0 representou 52% das vendas em setembro, contra uma média de 55,3% neste ano.
Na produção, assim como nas vendas, setembro apresentou queda (-9,4%) com relação a agosto, mas alta (9,7%) na média diária, e bateu recorde para o mês. No acumulado do ano, outra marca quebrada, com 2,18 milhões de veículos. O estoque na indústria permaneceu em cinco dias e, nas concessionárias, subiu de 14 para 17 dias.


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