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INVESTIMENTOS
Recibos de empresas no exterior têm o maior volume em 5 meses
Estrangeiro troca Bolsa de SP por papéis brasileiros nos EUA
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O investidor estrangeiro tem
vendido ações brasileiras para
comprar outros papéis brasileiros. Apesar da saída de recursos
estrangeiros que a Bovespa tem
registrado em seu pregão, o volume negociado de ADRs tem crescido consideravelmente.
De agosto para outubro, o volume negociado com ADRs brasileiros cresceu US$ 1,25 bilhão.
Os ADRs (American Depositary
Receipts) são recibos que representam ações de empresas de outros países negociados nos Estados Unidos. Em outubro, os
ADRs brasileiros movimentaram
US$ 5,53 bilhões, o maior volume
em cinco meses. Os dados são da
Economática.
O saldo entre compras e vendas
de ações com capital estrangeiro
na Bolsa de Valores de São Paulo
chegou ao fim de outubro negativo em R$ 620 milhões. No ano, esse saldo está negativo em cerca de
R$ 90 milhões.
"Não faria sentido o estrangeiro
fugir de papéis brasileiros neste
momento, em que o risco-país está baixo e as perspectivas econômicas são positivas. O que o investidor tem feito é vender ações
no pregão da Bovespa para comprar ADRs ou os novos papéis
que foram emitidos nos últimos
meses", afirma Álvaro Bandeira,
diretor da corretora Ágora Sênior.
Dados levantados pela Bovespa
mostram que os estrangeiros levaram a maior fatia das ofertas
primárias e secundárias de ações
feitas por cinco empresas -Natura, CCR, Gol, ALL e Braskem-
recentemente.
O mercado de fundos de investimentos doméstico encerrou outubro com captação negativa de
R$ 2,5 bilhões: no primeiro mês
de vigência da conta-investimento, os saques superaram as aplicações. No ano, a captação do mercado ainda está positiva em R$
10,4 bilhões.
A Anbid (Associação Nacional
dos Bancos de Investimento) afirma que "não foram detectados
movimentos significativos de realocação de recursos" devido ao
início da conta-investimento. Em
outubro entrou em vigor a conta-investimento, que permite que as
pessoas troquem de aplicações financeiras sem pagar CPMF.
Os fundos de renda fixa foram
um dos que mais sofreram saques
no mês passado. O segmento registrou captação negativa de R$
1,54 bilhão no mês.
Isso se explica em parte pela elevação da taxa básica de juros acima do que era projetado pelo
mercado. Em outubro, o Banco
Central subiu a taxa básica em
0,50 ponto percentual. Isso fez
com que fundos de renda fixa prefixados tivessem retorno negativo
nos dias posteriores à decisão do
Copom. Esse tipo de movimento
costuma assustar o investidor.
Atratividade
Quem atraiu recursos em outubro foram os CDBs (Certificados
de Depósito Bancário), que tiveram captação de R$ 2,8 bilhões no
mês, até o dia 27.
A caderneta de poupança não
foi o destino dos recursos que fugiram dos fundos. Em outubro,
até o dia 27, a poupança teve captação negativa de R$ 1 bilhão, segundo o Banco Central.
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