São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2004

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AVIAÇÃO

No acumulado do ano, aumento no ganho é de 236%

Lucro da TAM cresce 524,5% no 3º trimestre com retomada econômica

DA REPORTAGEM LOCAL

O lucro da TAM no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 53,3 milhões, com alta de 524,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até setembro, o resultado da empresa soma R$ 294,2 milhões, 235,6% a mais do que o dos nove primeiros meses de 2003.
O bom resultado da empresa se explica, segundo especialistas, principalmente pela recuperação da demanda, resultado do aquecimento da economia: o número de passageiros transportados pela empresa subiu 16,2% de janeiro a setembro, segundo a TAM.
O aproveitamento das aeronaves passou de 59,3% para 64,7% no período. Na indústria como um todo, a demanda por vôos domésticos cresceu 11,5% de janeiro a setembro ante o mesmo período de 2003, para uma alta na oferta de 2,5% na mesma comparação.
"O terceiro trimestre, com o mês de julho, tradicionalmente é mais forte para as companhias aéreas, o que influencia na recuperação de tarifas. Isso deve ter ajudado na rentabilidade", aponta Carlos Albano, analista de aviação do Unibanco. "A crise da Vasp também ajudou as companhias a elevarem seu "market share'".
Em nota, a TAM atribui seu resultado ao que classifica como uma "administração severa de custos" e "aos ganhos de produtividade na gestão da companhia". A participação da companhia no mercado doméstico subiu de 34,19% no terceiro trimestre de 2003 para 36,35% neste ano.
O Ebitdar da aérea (geração de caixa antes de despesas financeiras, impostos, depreciação, amortização e leasing dos aviões) passou de R$ 525,8 milhões de janeiro a setembro de 2003 para R$ 747,2 milhões no mesmo período deste ano, com alta de 42,1%.
No terceiro trimestre, o Ebitdar foi de R$ 106,8 milhões, com aumento de 69,47% ante o mesmo período de 2003. De julho a setembro deste ano, a receita foi de R$ 1,3 bilhão, com crescimento de 29,45% na comparação com o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até setembro, a alta na receita é de 23,8%.
Somente nos vôos internacionais, a alta no faturamento de julho a setembro foi de 59,7%.

Custos
Apesar do bom momento para a economia mundial, os gastos das companhias aéreas dispararam por causa da alta do petróleo.
O querosene de aviação foi o fator de maior impacto nas contas da TAM nos primeiros nove meses deste ano: os R$ 725,5 milhões gastos com combustível no período representaram 24,3% dos custos totais. No ano passado, foram R$ 608,7 milhões, ou seja, 22% de todos os custos.
De janeiro a setembro, a alta do querosene de aviação, segundo a aérea, foi de 34,63%. A situação piorou ainda mais: até este mês, o aumento do preço do combustível alcançou 61%.
A TAM foi a primeira companhia a divulgar seu balanço para o terceiro trimestre. Vasp, Varig e Gol ainda não publicaram seus resultados para o período.


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