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AVIAÇÃO
No acumulado do ano, aumento no ganho é de 236%
Lucro da TAM cresce 524,5% no 3º trimestre com retomada econômica
DA REPORTAGEM LOCAL
O lucro da TAM no terceiro trimestre deste ano foi de R$ 53,3
milhões, com alta de 524,5% em
relação ao mesmo período do ano
passado. No acumulado do ano
até setembro, o resultado da empresa soma R$ 294,2 milhões,
235,6% a mais do que o dos nove
primeiros meses de 2003.
O bom resultado da empresa se
explica, segundo especialistas,
principalmente pela recuperação
da demanda, resultado do aquecimento da economia: o número de
passageiros transportados pela
empresa subiu 16,2% de janeiro a
setembro, segundo a TAM.
O aproveitamento das aeronaves passou de 59,3% para 64,7%
no período. Na indústria como
um todo, a demanda por vôos domésticos cresceu 11,5% de janeiro
a setembro ante o mesmo período
de 2003, para uma alta na oferta
de 2,5% na mesma comparação.
"O terceiro trimestre, com o
mês de julho, tradicionalmente é
mais forte para as companhias aéreas, o que influencia na recuperação de tarifas. Isso deve ter ajudado na rentabilidade", aponta
Carlos Albano, analista de aviação
do Unibanco. "A crise da Vasp
também ajudou as companhias a
elevarem seu "market share'".
Em nota, a TAM atribui seu resultado ao que classifica como
uma "administração severa de
custos" e "aos ganhos de produtividade na gestão da companhia".
A participação da companhia no
mercado doméstico subiu de
34,19% no terceiro trimestre de
2003 para 36,35% neste ano.
O Ebitdar da aérea (geração de
caixa antes de despesas financeiras, impostos, depreciação, amortização e leasing dos aviões) passou de R$ 525,8 milhões de janeiro a setembro de 2003 para R$
747,2 milhões no mesmo período
deste ano, com alta de 42,1%.
No terceiro trimestre, o Ebitdar
foi de R$ 106,8 milhões, com aumento de 69,47% ante o mesmo
período de 2003. De julho a setembro deste ano, a receita foi de
R$ 1,3 bilhão, com crescimento de
29,45% na comparação com o
mesmo período do ano passado.
No acumulado do ano até setembro, a alta na receita é de 23,8%.
Somente nos vôos internacionais, a alta no faturamento de julho a setembro foi de 59,7%.
Custos
Apesar do bom momento para
a economia mundial, os gastos
das companhias aéreas dispararam por causa da alta do petróleo.
O querosene de aviação foi o fator de maior impacto nas contas
da TAM nos primeiros nove meses deste ano: os R$ 725,5 milhões
gastos com combustível no período representaram 24,3% dos custos totais. No ano passado, foram
R$ 608,7 milhões, ou seja, 22% de
todos os custos.
De janeiro a setembro, a alta do
querosene de aviação, segundo a
aérea, foi de 34,63%. A situação
piorou ainda mais: até este mês, o
aumento do preço do combustível alcançou 61%.
A TAM foi a primeira companhia a divulgar seu balanço para o
terceiro trimestre. Vasp, Varig e
Gol ainda não publicaram seus resultados para o período.
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