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PREVIDÊNCIA
Amir Lando propôs mínimo mensal de R$ 120
Governo prevê parcela maior para quitar logo dívida com aposentado
DO "AGORA"
O ministro da Previdência Social, Amir Lando, conversou ontem com os representantes dos
aposentados para discutir as mudanças na proposta de pagamento do reajuste dos benefícios pela
URV (Unidade Real de Valor).
Para os aposentados, o ministro
disse que já existem avanços na
discussão e que o governo propôs
um valor mínimo de R$ 120 para
as parcelas mensais da revisão,
que começam a ser pagas em
2005. Isso, na prática, reduziria o
tempo de parcelamento para os
aposentados que têm pouco a receber. Hoje, o prazo pode chegar a
oito anos.
Além disso, o ministro disse que
é viável a proposta do deputado
Rogério Teófilo (PPS-AL), relator
da proposta, de pagamento prioritário aos aposentados com
doenças crônicas, como câncer
ou problemas cardíacos, independentemente do valor a receber
e da idade.
Outro ponto discutido foi o fim
do teto de R$ 15,6 mil (60 salários
mínimos) previsto na proposta.
Os representantes dos aposentados são contrários ao limite.
"No geral, a reunião foi bastante
produtiva. Senti um grande avanço por parte do governo", disse
João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical, que,
junto com os representantes da
CUT, Wilson Roberto Ribeiro, e
da Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados), João Lima,
participou da reunião.
De acordo com Lima, o governo
tinha uma estimativa de gastar R$
12,3 bilhões com a revisão, considerando 1,88 milhão de aposentados com direito ao reajuste dos
benefícios.
Ontem, o ministro informou
que 1,3 milhão de pessoas teriam
efetivamente direito à revisão e
que os outros 500 mil, apesar de
terem se aposentado no período
da revisão, não têm direito ao reajuste. "Se o número de pessoas
com direito diminuiu, o prazo de
pagamento também pode diminuir", disse Lima.
Em agosto, a Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações
da Previdência Social) divulgou o
número de aposentados e pensionistas com direito à revisão dos
benefícios: 1.312.891 beneficiários.
Pela estimativa da Cobap, descontando as ações que já foram
pagas na Justiça e a redução no
número de pessoas com direito a
revisão, a dívida de R$ 12,3 bilhões gira hoje em torno de R$ 7
bilhões.
É melhor esperar
Inocentini aconselhou que os
aposentados aguardem a votação
da medida provisória no Congresso antes de assinar o termo de
adesão. "Não é preciso ter pressa.
O melhor é esperar para ver as
mudanças."
Quem já assinou o acordo com
as regras que serão modificadas
no Congresso teria que assinar
um novo termo de adesão para
ser incluído nas novas regras.
As mudanças sugeridas pelos
aposentados serão encaminhadas
ao deputado Teófilo e discutidas
hoje com representantes do governo, na Casa Civil.
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