São Paulo, domingo, 05 de novembro de 2006

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Uso de recursos do fundo causa surpresa entre os conselheiros

DA REPORTAGEM LOCAL

A informação de que a Caixa Econômica Federal utiliza recursos do Fundo de Garantia para pagar ações judiciais em que é condenada a repor perdas provocadas por planos econômicos e honorários de advogados envolvidos nesses processos surpreendeu e causou polêmica entre os integrantes do Conselho Curador do FGTS.
Com opiniões divergentes sobre o assunto, eles pediram esclarecimentos ao governo sobre o uso dos recursos.
"A rigor, o fundo não tem nada a ver com isso [pagamento de honorários]. Quem deve ser onerado é quem faz a gestão, ou seja, a Caixa. Ela é a gestora do FGTS e recebe taxa de administração, de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões por ano, pelo serviço que presta", diz Luiz Gonzaga Ulhôa Tenório, representante da CUT no conselho.
Representante da CNI (Confederação Nacional da Indústria) no conselho, Roberto Kauffmann, afirma que o pagamento de honorários com dinheiro do fundo "nunca entrou em pauta" no conselho.
"De fato, é o próprio FGTS quem paga [condenações e honorários]. A lei [nš 8.036] regulamenta a questão. Mas não tínhamos notícia de que eram montantes vultosos [os honorários]", diz Kauffmann.


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