São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2008

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Indústria reduz o ritmo, e faturamento cai, diz CNI

Para entidade empresarial, desaceleração do setor chegou antes do previsto

Emprego em outubro no segmento ficou estável em relação a setembro e cresceu 3,9% na comparação com o mesmo período de 2007

EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

A indústria brasileira ficou praticamente estagnada entre setembro e outubro, de acordo com dados da pesquisa mensal do setor realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada ontem.
O faturamento da indústria brasileira caiu 0,2% entre setembro e outubro, descontada a influência sazonal do período. As horas trabalhadas recuaram 0,3%, e o emprego apresentou avanço de apenas 0,1%.
"Contrastando com os anos anteriores, a intensificação da atividade industrial, uma característica do mês de outubro, não se confirmou em 2008", afirma a pesquisa da CNI.
Anteontem, o IBGE já havia revelado atividade menor da indústria -a produção recuou 1,7% em outubro ante o mês anterior, após alta de 1,7% em setembro. Foi a maior queda observada em relação ao mês anterior desde novembro de 2007, quando a indústria teve recuo de 2,1%. A pesquisa do IBGE difere da da CNI porque apura a produção. A da CNI analisa o faturamento e as horas trabalhadas na indústria.
Segundo o gerente-executivo da unidade de política econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, os dados mostram que a crise financeira chegou à economia real no Brasil mais cedo do que o esperado.
Em relação ao mesmo período do ano passado, os dados ficaram positivos, mas apresentaram desaceleração. O crescimento em setembro deste ano na comparação com igual mês de 2007 estava em 10,2%, mas recuou para 6,9% em outubro.
O emprego na indústria ficou estável (dado sem ajuste) em relação a setembro e cresceu 3,9% na comparação anual. No ano, houve avanço de 4,3%.
A massa salarial caiu 0,6% no mês e subiu 3,8% em relação a outubro de 2007. No ano, o aumento é de 5,2%.


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