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Indústria reduz o ritmo, e faturamento cai, diz CNI
Para entidade empresarial, desaceleração do setor chegou antes do previsto
Emprego em outubro no segmento ficou estável em relação a setembro e cresceu 3,9% na comparação com o mesmo período de 2007
EDUARDO CUCOLO
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
A indústria brasileira ficou
praticamente estagnada entre
setembro e outubro, de acordo
com dados da pesquisa mensal
do setor realizada pela CNI
(Confederação Nacional da Indústria) e divulgada ontem.
O faturamento da indústria
brasileira caiu 0,2% entre setembro e outubro, descontada
a influência sazonal do período.
As horas trabalhadas recuaram
0,3%, e o emprego apresentou
avanço de apenas 0,1%.
"Contrastando com os anos
anteriores, a intensificação da
atividade industrial, uma característica do mês de outubro,
não se confirmou em 2008",
afirma a pesquisa da CNI.
Anteontem, o IBGE já havia
revelado atividade menor da
indústria -a produção recuou
1,7% em outubro ante o mês anterior, após alta de 1,7% em setembro. Foi a maior queda observada em relação ao mês anterior desde novembro de
2007, quando a indústria teve
recuo de 2,1%. A pesquisa do
IBGE difere da da CNI porque
apura a produção. A da CNI
analisa o faturamento e as horas trabalhadas na indústria.
Segundo o gerente-executivo
da unidade de política econômica da CNI, Flávio Castelo
Branco, os dados mostram que
a crise financeira chegou à economia real no Brasil mais cedo
do que o esperado.
Em relação ao mesmo período do ano passado, os dados ficaram positivos, mas apresentaram desaceleração. O crescimento em setembro deste ano
na comparação com igual mês
de 2007 estava em 10,2%, mas
recuou para 6,9% em outubro.
O emprego na indústria ficou
estável (dado sem ajuste) em
relação a setembro e cresceu
3,9% na comparação anual. No
ano, houve avanço de 4,3%.
A massa salarial caiu 0,6% no
mês e subiu 3,8% em relação a
outubro de 2007. No ano, o aumento é de 5,2%.
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