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Setor financeiro
perdeu 180 mil vagas no ano
DA REDAÇÃO
Epicentro da crise atual, o
setor financeiro global já
perdeu 180,4 mil vagas neste
ano -mais de 100 mil apenas
desde setembro, quando a
turbulência ganhou ainda
mais força. Ontem, foi a vez
de Credit Suisse e Nomura
Holdings anunciarem mais
cortes de funcionários.
Segundo levantamento da
Bloomberg, as demissões,
que tinham perdido um pouco de força no terceiro trimestre ante os três meses
anteriores, voltaram a ganhar intensidade a partir de
outubro. Desde o começo
deste trimestre foram 65 mil
reduções, 26,3 mil mais nos
três meses anteriores -de
abril a junho, os cortes chegaram a 52,3 mil.
A maior parte dos cortes
está concentrada nos Estados Unidos, origem da crise e
onde o Citigroup anunciou
recentemente 52 mil demissões. Quase dois terços dos
cortes de postos de trabalho
neste ano ficaram concentrados no país, com 111,3 mil
demissões de funcionários.
Mas as reduções de vagas
vêm ganhando força na Europa. Das perdas registradas
desde outubro no mundo, os
cortes no continente representam 44,4%. No terceiro
trimestre, as reduções na
Europa eram 36,7%. Os EUA
passaram de 63%, no terceiro trimestre, para 51,9%, a
partir de outubro.
A crise financeira global
ganhou intensidade a partir
de 15 de setembro, com a
concordata do Lehman Brothers, que era então o quarto
maior banco de investimento dos Estados Unidos.
Um dos exemplos de como
a crise ganhou intensidade
na Europa foi o anúncio ontem do Credit Suisse de que
pretende demitir 5.300 funcionários, ou 11% da sua força de trabalho. O segundo
maior banco suíço afirmou
que já perdeu US$ 2,5 bilhões desde outubro. A maioria das demissões deve ocorrer na divisão de investimento, especialmente nos EUA.
No Brasil, o Credit Suisse
disse que não será afetado
pelas demissões anunciadas
pela matriz. Desde setembro,
quando pioraram os mercados, o banco demitiu em São
Paulo pelo menos 27 funcionários, segundo o Sindicato
dos Bancários (CUT).
Já o banco japonês Nomura Holdings, que comprou o
braço europeu do Lehman
Brothers, vai demitir mil no
Reino Unido.
Colaborou a Reportagem Local
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