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Advogada da Brahma depõe na PF
MÔNICA BERGAMO
Colunista da Folha
A advogada da Brahma,
Neide Malard, foi a primeira
a depor no inquérito que investiga a suposta tentativa de
corrupção do Cade. Malard
é amiga de Hebe Romano, a
conselheira do Cade que levou o assunto ao Ministério
da Justiça e à Polícia Federal.
No final de 99, Hebe contou à advogada da Brahma
que fora procurada por Airton Soares, advogado dos
distribuidores da Antarctica.
Soares afirmara a Hebe que
pessoas garantiam ser possível influenciar a decisão do
Cade com dinheiro.
A intenção de Hebe, segundo a advogada da Brahma, seria alertar as empresas
para que não dessem dinheiro a ninguém. "Ela esclareceu que eles seriam enganados, pois o dinheiro não seria para o Cade. Explicou
que é muito difícil subornar
algum conselheiro, mesmo
porque as decisões do órgão
são compartilhadas."
Malard foi conselheira do
Cade entre 92 e 96. Ela diz
que Hebe Romano é séria.
"Se não fosse, não estaria no
círculo dos meus amigos".
A conselheira Hebe procurou também a Kaiser e a Antarctica. Contou história parecida à de Malard. Na Kaiser, chegou até a citar valores
aos quais os advogados que
a procuraram teriam se referido: o fundo para a corrupção seria de R$ 20 milhões.
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