São Paulo, #!L#Domingo, 06 de Fevereiro de 2000


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Advogada da Brahma depõe na PF

MÔNICA BERGAMO
Colunista da Folha

A advogada da Brahma, Neide Malard, foi a primeira a depor no inquérito que investiga a suposta tentativa de corrupção do Cade. Malard é amiga de Hebe Romano, a conselheira do Cade que levou o assunto ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal.
No final de 99, Hebe contou à advogada da Brahma que fora procurada por Airton Soares, advogado dos distribuidores da Antarctica. Soares afirmara a Hebe que pessoas garantiam ser possível influenciar a decisão do Cade com dinheiro.
A intenção de Hebe, segundo a advogada da Brahma, seria alertar as empresas para que não dessem dinheiro a ninguém. "Ela esclareceu que eles seriam enganados, pois o dinheiro não seria para o Cade. Explicou que é muito difícil subornar algum conselheiro, mesmo porque as decisões do órgão são compartilhadas."
Malard foi conselheira do Cade entre 92 e 96. Ela diz que Hebe Romano é séria. "Se não fosse, não estaria no círculo dos meus amigos".
A conselheira Hebe procurou também a Kaiser e a Antarctica. Contou história parecida à de Malard. Na Kaiser, chegou até a citar valores aos quais os advogados que a procuraram teriam se referido: o fundo para a corrupção seria de R$ 20 milhões.



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