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Siderurgia e mineração sustentam alta da Bolsa
Bovespa sobe 2,4%; Vale tem valorização de 31% no ano
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Amparada mais uma vez nos
papéis de companhias dos setores de siderurgia e mineração, a
Bovespa cravou alta de 2,44%
no pregão de ontem e foi a
41.108 pontos -seu mais elevado patamar em quase um mês.
No ano, a Bolsa paulista está
com alta de 9,48%.
As siderúrgicas passaram a
atrair mais investidores nesta
semana após as informações de
que os estoques de minério de
ferro na China recuaram, o que
deve elevar a demanda e manter os preços. A ação preferencial "A" da Vale se apreciou em
4,34% ontem, o que levou seus
ganhos acumulados na semana
a 11,92%. No ano, os papéis já
subiram 31,23%.
A maior alta do índice Ibovespa (que reúne as 66 ações de
mais liquidez) de ontem ficou
com a ação ordinária Usiminas,
que subiu 6,68%. No segmento,
houve fortes altas também em
Gerdau ON (3,06%) e Siderúrgica Nacional ON (3,27%).
O mercado acionário norte-americano também teve um dia
positivo, favorecendo o movimento local. Após abertura de
pregão fraca, o índice Dow Jones acabou por ganhar fôlego e
subiu 1,34%. A Bolsa eletrônica
Nasdaq se apreciou em 2,06%.
Os investidores têm se mostrado animados com a iminente votação do pacote de estímulo econômico do governo de
Barack Obama no Congresso. A
adição, pelos senadores, de um
corte de impostos para os americanos que estão em processo
de compra de imóveis foi bem
recebida pelos investidores.
Hoje, as Bolsas podem ter um
dia mais tenso, com a divulgação do relatório do mercado de
trabalho nos Estados Unidos.
Ontem foi divulgado que os pedidos de auxílio-desemprego
no país se elevaram em 35 mil
na semana passada, bem acima
das previsões.
Operadores do mercado afirmaram que os investidores estrangeiros voltaram a demonstrar mais apetite pelas ações
das grandes companhias brasileiras ontem. O último mês em
que os estrangeiros mais compraram que venderam ações na
Bovespa foi maio de 2008. Em
janeiro, o saldo das operações
da categoria na Bovespa ficou
negativo em R$ 646 milhões.
No primeiro pregão deste mês,
o balanço ficou negativo em R$
36,1 milhões.
A recuperação do petróleo
em Nova York no fim das operações favoreceu a alta das
ações da Petrobras, que subiram 1,16% (PN) e 1,09% (ON).
Em sintonia com seus pares
estrangeiros, os bancos encerraram com altas expressivas na
Bovespa. Os papéis das instituições financeiras estão no vermelho no acumulado do ano.
Mas ontem conseguiram uma
importante recuperação: a ação
preferencial do Itaú subiu
4,27%, seguida por Bradesco
PN, que ganhou 3,34%, e Banco
do Brasil ON, com 3,15%.
Em Wall Street, destaque para as altas registradas por Morgan Stanley (5,36%), Bank of
America (2,98%) e JPMorgan
Chase (2,08%).
Na Europa, os mercados tiveram um dia mais morno. A Bolsa de Londres encerrou com estabilidade (0,01%). Em Frankfurt, houve alta de 0,39%.
Ontem, o Banco da Inglaterra reduziu sua taxa de juros de
referência de 1,5% para 1% ao
ano. O BCE (Banco Central Europeu) manteve sua taxa em
2%. As decisões ficaram dentro
do projetado pelos analistas.
Câmbio
O dólar voltou ontem a ser
negociado abaixo de R$ 2,30.
Após depreciação de 0,87%, o
dólar desceu a R$ 2,288 e fechou na cotação mínima do dia.
Foi o terceiro dia seguido de
queda da moeda norte-americana. Com isso, passou a acumular depreciação de 1,97%
diante do real em 2009.
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