DA REDAÇÃO

Criticado por não se pronunciar publicamente sobre os problemas apresentados pelos carros da montadora, o presidente da Toyota, Akio Toyoda, pediu desculpas ontem pelos defeitos apresentados em mais de 8 milhões de carros. Ele afirmou que será formada uma força-tarefa interna para aumentar os padrões de qualidade.
"Eu lamento pessoalmente que tenhamos causado preocupação para tantas pessoas", disse, em entrevista coletiva, o executivo, que é neto do fundador da montadora. "Eu peço desculpas de coração."
Desde que a montadora anunciou o primeiro recall, em novembro do ano passado, o único comentário público de Toyoda sobre o assunto ocorreu em uma breve entrevista para uma TV japonesa durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça)
A demora da Toyota em resolver o problema no pedal do acelerador de vários modelos tem sido criticada por órgãos reguladores tanto nos EUA como no Japão. "Os consumidores estão comunicando defeitos e ocorreram acidentes", disse o ministro dos Transportes japonês, Seiji Maehara. "Isso me leva a acreditar que a Toyota não coloca os consumidores em primeiro lugar."
Para o presidente da montadora, não era esse o caso. "Vim aqui hoje porque não quero que os consumidores passem o fim de semana pensando se o carros deles é seguro."
Ele disse que o recall criou uma "situação de crise" na maior montadora mundial, mas não deu muitos detalhes sobre o que aconteceu de errado para que a situação chegasse ao ponto de ela ter que convocar 8,1 milhões de veículos para serem consertados.
A Toyota disse que, mesmo com os custos associados ao recall, espera terminar o ano fiscal (que se encerra em março) com lucro. Porém, a agência Standard & Poor's colocou a nota da empresa em revisão, dizendo haver "uma crescente preocupação sobre o potencial impacto negativo das questões relacionadas à qualidade".

Com o "Financial Times" e o "New York Times"

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