São Paulo, terça-feira, 06 de março de 2007
 |
 |
|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ponte da Amizade terá muros para tentar reduzir contrabando
Meta é evitar que sacoleiro lance compra para o lado brasileiro do rio Paraná JOSÉ MASCHIO DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA A Receita Federal em Foz do Iguaçu (PR) inicia neste mês a construção de muros nas laterais da ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai. A construção dos muros é mais uma tentativa de coibir a ação de sacoleiros, que arremessam mercadorias do alto da ponte para as margens brasileiras do rio Paraná. Segundo o delegado da Receita Federal em Foz do Iguaçu, Gilberto Tragancin, a construção de muros no interior da zona primária -da barranca do rio até a aduana da Receita- tem o objetivo de liberar fiscais e agentes federais, que hoje precisam patrulhar a ponte para inibir a ação dos sacoleiros. Do alto da ponte, sacoleiros jogam mercadorias -especialmente cigarros e equipamentos de informática- para cúmplices que se encarregam de esconder as mercadorias da ação dos fiscais. A previsão da Receita Federal é que até o final de julho os muros estejam prontos. As obras fazem parte da segunda etapa do projeto de revitalização da aduana da Receita na ponte da Amizade. Em uma primeira etapa, foi instalada a chamada "aduana 100%" na entrada do país. Desde o final de 2006, a fiscalização é total para pessoas, carros e motos que entram no Brasil. Tragancin disse que o projeto original era a construção de alambrados, mas o projeto foi revisto e a decisão foi pela implantação de muros de concreto com quatro metros de altura. Sobre os muros, serão instalados concertim, telas de arame em espiral, usadas principalmente em presídios. "Se o contrabandista quiser continuar a arremessar mercadorias do alto da ponte, com os muros ele só poderá recolhê-las no rio. Isso vai inibir a ação dos contrabandistas", disse Tragancin. O arremesso de mercadorias do alto da ponte da Amizade é um problema antigo para a Receita em Foz do Iguaçu. Inicialmente, a Receita instalou tapumes na murada da ponte, depois telas e finalmente alambrados. As três tentativas fracassaram devido à ação dos sacoleiros, que cortavam as cercas improvisadas. Serão construídos cerca de 900 metros de muros nos setores norte e sul da ponte da Amizade. A expectativa é reduzir o contrabando de mercadorias pela ponte e obrigar os sacoleiros a passar pela aduana com as mercadorias. No ano passado, quando a Receita intensificou o combate ao contrabando em Foz, foram apreendidos US$ 76 milhões em mercadorias. Texto Anterior: Kirchner manipula inflação, dizem técnicos Próximo Texto: Copom: Saída de Bevilaqua não deve alterar trajetória de juros Índice |
|
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |
