São Paulo, sábado, 06 de março de 2010 |
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Vaivém das commodities MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br NA CORDA BAMBA O café está na corda bamba. Essa é a mensagem que produtores vão apresentar em encontro do setor em Salvador neste início de semana. "O produtor está desmotivado e desanimado. Tudo o que foi conseguido em produtividade, qualidade, redução de custos e certificação, dentre outras vitórias, continua sem gerar mais renda", diz João Lopes Araújo. PARADOXAL Presidente da Assocafé, entidade responsável pelo encontro, Araújo diz que os custos aumentam em real e as receitas caem em dólar. "É uma situação paradoxal. O setor recebe boas notícias, como aumento de consumo e conquistas científicas e médicas, que garantem o bem-estar e o prazer dos consumidores, mas não há renda dos produtores." APREENSÃO O problema não se limita aos produtores. Segundo Araújo, os industriais também têm vivido o paradoxo de não conseguir aumentar suas margens, "fundamental para a sobrevivência e para o investimento em mais qualidade do café oferecido ao consumidor brasileiro, já muito exigente". A SAÍDA O foco do setor não deve ser o endividamento, mas a difusão de tecnologia para os produtores com programas de extensão rural oficial, de gerenciamento de propriedades e de orientação à diversificação, diz Araújo. A VEZ DO NACIONAL? Problemas nas importações do Chile, cuja produção foi afetada pelo terremoto, e nas da Argentina, devido à necessidade de licenças de importação impostas pelo Brasil, vão auxiliar a venda do vinho nacional, segundo o mercado. BALANÇO DO FUTURO As negociações com produtos agropecuários estão se recuperando no mercado futuro. No mês passado, foram negociados 162,3 mil contratos futuros e de opções, 23% a mais do que no ano anterior. No acumulado do ano, o volume total subiu para 344 mil, com alta de 21% sobre o bimestre de 2009. VALOR MENOR Os dados sobre o mercado futuro são da BM&F, que mostrou também que o total de contratos aumentou, mas o das receitas financeiras caiu. No acumulado do bimestre, as receitas somaram R$ 6,6 bilhões, com queda de 6% em relação a igual período de 2009. FERTILIZANTES Oferta e demanda ajustadas garantem preços firmes ao setor de fertilizantes no mercado internacional. Internamente, a sazonalidade de compra deverá esquentar mais os preços no segundo semestre, segundo estimativa do Rabobank. Texto Anterior: Bolsa de SP avança 1,52% e zera as perdas no ano Próximo Texto: Ferrovia perde área em porto Índice |
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