São Paulo, sábado, 06 de maio de 2006

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Gabrielli descarta contradição com discurso de Lula

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem, por meio de nota, que não há contradição entre as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que aceita uma negociação do preço do gás importado da Bolívia e a posição da Petrobras de não aceitar um reajuste.
Anteontem, depois da reunião com líderes sul-americanos em Puerto Iguazú (Argentina), Lula disse que "os preços serão discutidos da forma mais democrática possível entre as partes envolvidas". Na quarta-feira, Gabrielli afirmou que não aceitaria aumento do gás fora dos padrões do contrato firmado com a Bolívia.
"A posição da Petrobras é a de não aceitar aumento de preços e vamos defender isso na negociação", disse. Para o executivo, "não há contradição entre as declarações do presidente Lula e o que a Petrobras vem afirmando sobre a questão do gás boliviano".
Gabrielli reiterou que "novos investimentos da Petrobras na Bolívia continuam suspensos". Na quarta, o presidente da Petrobras havia dito que a empresa estava "suspendendo qualquer investimento adicional na Bolívia".
O presidente da Petrobras reiterou que o contrato entre a estatal brasileira e a YPFB (estatal boliviana responsável pela venda do gás produzido no país) estabelece os mecanismos que devem orientar a negociação.
Pelos termos do contrato de fornecimento de gás, há a possibilidade de uma negociação direta entre as partes, que deve durar 45 dias. Se não tiver acordo nesse período, o passo seguinte é recorrer à arbitragem internacional, em Nova York. "Nós vamos seguir os procedimentos previstos no contrato", disse Gabrielli na nota.
Para ele, o encontro dos presidentes na cidade argentina de Puerto Iguazú possibilitou "as condições favoráveis a uma negociação mais técnica".


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