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Gabrielli descarta
contradição com
discurso de Lula
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente da Petrobras, José
Sérgio Gabrielli, afirmou ontem,
por meio de nota, que não há contradição entre as declarações do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que aceita uma negociação
do preço do gás importado da Bolívia e a posição da Petrobras de
não aceitar um reajuste.
Anteontem, depois da reunião
com líderes sul-americanos em
Puerto Iguazú (Argentina), Lula
disse que "os preços serão discutidos da forma mais democrática
possível entre as partes envolvidas". Na quarta-feira, Gabrielli
afirmou que não aceitaria aumento do gás fora dos padrões do contrato firmado com a Bolívia.
"A posição da Petrobras é a de
não aceitar aumento de preços e
vamos defender isso na negociação", disse. Para o executivo, "não
há contradição entre as declarações do presidente Lula e o que a
Petrobras vem afirmando sobre a
questão do gás boliviano".
Gabrielli reiterou que "novos
investimentos da Petrobras na
Bolívia continuam suspensos".
Na quarta, o presidente da Petrobras havia dito que a empresa estava "suspendendo qualquer investimento adicional na Bolívia".
O presidente da Petrobras reiterou que o contrato entre a estatal
brasileira e a YPFB (estatal boliviana responsável pela venda do
gás produzido no país) estabelece
os mecanismos que devem orientar a negociação.
Pelos termos do contrato de fornecimento de gás, há a possibilidade de uma negociação direta
entre as partes, que deve durar 45
dias. Se não tiver acordo nesse período, o passo seguinte é recorrer
à arbitragem internacional, em
Nova York. "Nós vamos seguir os
procedimentos previstos no contrato", disse Gabrielli na nota.
Para ele, o encontro dos presidentes na cidade argentina de
Puerto Iguazú possibilitou "as
condições favoráveis a uma negociação mais técnica".
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