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Exportação e
venda interna
caem em abril
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
As vendas internas, a exportação e a produção da indústria automobilística registraram queda
no mês passado. O estoque de
unidades paradas nos pátios e nas
concessionárias continuou a crescer: passou de 29 dias em março
para 39 dias em abril, informou
ontem a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Menor número de dias úteis no
mês pressionou o resultado de
abril para baixo, na comparação
com o desempenho de março.
O setor ainda trabalha com estimativa de desaceleração na venda
ao exterior e na produção nos
próximos meses até dezembro.
Números negativos não são reflexo de um desempenho ruim
generalizado dos fabricantes no
país. Até o momento, a venda interna está elevada.
A questão é que, com o tombo
do dólar, que perde valor desde
2005, quem focou os planos de investimento nas vendas externas,
vai mal. E a indústria ainda tenta
adaptar o seu ritmo de produção
às vendas e ao estoque.
Retração
No mês passado, o volume de
automóveis novos licenciados
atingiu 131,2 mil unidades, uma
retração de 16,4% sobre o mês anterior. Na comparação com abril
de 2005, a queda foi de 4,7%.
Já nas exportações, a receita
com vendas encolheu 9,4% sobre
março (atingiu US$ 907 milhões).
Com retração nas vendas externas, as máquinas fabricaram menos. Os números da associação
mostram que a produção teve
queda de 11,1% sobre março e
2,7% sobre o ano passado.
No caso do resultado de abril, é
preciso levar em conta que o mês
teve dois dias úteis a menos do
que em igual período de 2005 e
cinco dias a menos do que em
março de 2006. Se descontado esse efeito, a produção teria subido
13,7% sobre março e 2,7% em relação a abril de 2005.
"Cerca de 70% dos meses de
abril registram resultados negativos. Nossa preocupação não está
focada nessa questão sazonal. É o
efeito do câmbio nos resultados
que nos afeta. O dólar, até agora,
não achou um ponto de equilíbrio", disse Rogelio Golfarb, presidente da Anfavea. O dólar médio ficou em R$ 2,43 em 2005.
Nesta semana, fechou em R$ 2.
A expectativa da entidade é que
no ano a exportação suba 2,7%.
Assim, haverá queda nas vendas
externas até dezembro -considerando que, até abril de 2006, a
alta é de 8%. Cenário semelhante
se repete na produção. Há elevação de 5% até abril, mas se espera
alta no ano de 4,5%.
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