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Gasoduto sofre controle maior do Exército
FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A SANTA CRUZ DE LA SIERRA
A recém-nacionalizada Transredes, responsável por grande
parte do transporte em território
do gás natural boliviano exportado para o Brasil, passou a semana
cercada por militares e incertezas
e sofreu onda de demissão de seus
funcionários, que temem a perda
de direitos trabalhistas.
Controlada pelas multinacionais Shell e Prisma International,
com 25% cada uma, a Transredes
é a proprietária de um dos dois
gasodutos que levam o gás natural dos campos operados pela Petrobras em Tarija até o terminal
de Rio Grande, dentro da Bolívia.
A Transredes é uma das empresas obrigadas a transferir o controle acionário ao Estado. Até
agora, o governo não informou à
empresa como fará isso.
A reportagem da Folha esteve
ontem na sede da empresa, em
Santa Cruz. Diferentemente do
que ocorre nas instalações da Petrobras, os militares não se limitam a vigiar e revistam todos os
carros que saem. A inspeção é feita de forma amadora por soldados, que se limitam a olhar o porta-malas e o banco de trás.
A incerteza quanto ao futuro levou 60 funcionários a pedir demissão desde terça. A saída se deve ao temor de que a YPFB não
respeitará o pagamento do qüinqüênio, benefício no qual o trabalhador recebe cinco salários.
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