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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa avança 1,07% com dados positivos sobre trabalho americano; moeda perde 1,53% na semana
Otimismo nos EUA impulsiona Bolsa de SP
DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE
O dólar comercial caiu 0,72%
ontem e encerrou o dia a R$ 2,056
-o menor valor desde 9 de março de 2001. Acompanhando a Bolsa de Nova York, a Bovespa superou o recorde estabelecido três
pregões antes, ao subir 1,07%, para 41.417 pontos, com giro de R$
3,198 bilhões. O risco Brasil avançou 0,47%, para 216 pontos.
Como nos últimos dias, foi a expectativa do fim do ciclo de altas
dos juros norte-americanos que
alimentou o otimismo dos investidores. Logo pela manhã, a divulgação de indicadores econômicos
reforçou as apostas de que, após
um novo aumento de 0,25 ponto
percentual na reunião deste mês,
o Federal Reserve (banco central
norte-americano) vai fazer uma
pausa na série de elevações. A taxa
básica de juros dos EUA está
atualmente em 4,75% ao ano e,
sempre que sobe, atrai investidores, que abandonam suas aplicações em mercados como o brasileiro para buscar menores riscos.
O Departamento do Trabalho
dos Estados Unidos informou
que em abril foram criados 138
mil postos de trabalho, quando se
esperavam 200 mil vagas. A taxa
de desemprego se manteve em
4,7% (leia à pág. B17).
Os preços do petróleo tiveram
leve alta de 0,36% e fecharam a
US$ 70,19 em Nova York. Os rendimentos dos treasuries (títulos
do Tesouro norte-americano)
caíram para 5,11% ao ano.
"No exterior, o dólar também se
desvalorizou ante o euro e o iene",
afirma Reginaldo Siaca, gerente
de câmbio da corretora TOV. O
mercado está aguardando uma
atuação mais forte do Banco Central no câmbio nos próximos dias,
depois das últimas quedas das cotações da moeda norte-americana -na semana, a baixa acumulada é de 1,53%. Como o fluxo de
entrada de divisas no mercado se
mantém elevado, a tendência é a
de maiores desvalorizações- no
curto prazo, deve oscilar entre R$
2,05 e R$ 2,10, segundo previsões
de analistas.
Varig perde 32%
Espera-se que a Bovespa também continue subindo. "A Bolsa
caminha para testar o patamar de
44 mil pontos logo", diz Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza
Barros.
As ações da Varig, cuja recente
valorização a CVM (Comissão de
Valores Mobiliários) vai investigar, caíram 31,69%, para R$ 4,85.
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