São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2004

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Copom avalia diversos fatores, diz Meirelles

LUCIANA COELHO
DE NOVA YORK

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse ontem em Nova York que apenas os últimos índices assinalando arrefecimento da inflação não são suficientes para garantir uma redução da taxa básica de juros, atualmente em 16,25% ao ano. Mas os números terão peso efetivo sobre a próxima decisão a respeito da taxa, marcada para o dia 20.
"No Brasil, como em qualquer país, o Banco Central não age com base em um ou outro número específico. Há uma série muito grande de fatores que são levados em conta, inclusive os positivos", disse Meirelles a jornalistas ao encerrar apresentação sobre o país no Conselho das Américas.
Após ressaltar, diante de uma platéia de analistas de bancos, os dados positivos divulgados sobre a economia nas últimas semanas, o presidente do BC voltou a mencionar o compromisso da instituição com a austeridade fiscal e o cumprimento das metas inflacionárias. "O importante é que o BC está atento e sinalizando ao mercado seu compromisso com uma inflação dentro da meta."
Indagado se o BC pode voltar a intervir no câmbio e comprar dólares para impedir que a atual valorização do real prejudique a balança comercial, Meirelles não respondeu. Também não comentou se a melhora da imagem do Brasil levaria o país a retomar as captações externas. A meta do BC para este ano, de US$ 4 bilhões, foi completada, mas no mercado levanta-se a hipótese de o governo captar mais US$ 1,5 bilhão.


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