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Copom avalia diversos fatores, diz Meirelles
LUCIANA COELHO
DE NOVA YORK
O presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, disse ontem
em Nova York que apenas os últimos índices assinalando arrefecimento da inflação não são suficientes para garantir uma redução da taxa básica de juros, atualmente em 16,25% ao ano. Mas os
números terão peso efetivo sobre
a próxima decisão a respeito da
taxa, marcada para o dia 20.
"No Brasil, como em qualquer
país, o Banco Central não age com
base em um ou outro número específico. Há uma série muito
grande de fatores que são levados
em conta, inclusive os positivos",
disse Meirelles a jornalistas ao encerrar apresentação sobre o país
no Conselho das Américas.
Após ressaltar, diante de uma
platéia de analistas de bancos, os
dados positivos divulgados sobre
a economia nas últimas semanas,
o presidente do BC voltou a mencionar o compromisso da instituição com a austeridade fiscal e o
cumprimento das metas inflacionárias. "O importante é que o BC
está atento e sinalizando ao mercado seu compromisso com uma
inflação dentro da meta."
Indagado se o BC pode voltar a
intervir no câmbio e comprar dólares para impedir que a atual valorização do real prejudique a balança comercial, Meirelles não
respondeu. Também não comentou se a melhora da imagem do
Brasil levaria o país a retomar as
captações externas. A meta do BC
para este ano, de US$ 4 bilhões, foi
completada, mas no mercado levanta-se a hipótese de o governo
captar mais US$ 1,5 bilhão.
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