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MERCADO FINANCEIRO
Alta da commodity ofusca clima otimista de investidores; dólar sobe 0,14% e C-Bonds recuam 0,25%
Em novo recorde, petróleo vai a US$ 51,09
DA REPORTAGEM LOCAL
O temor de que a produção de
petróleo seja insuficiente para
atender o aumento da demanda
com a chegada do inverno no hemisfério Norte levou os preços do
produto a novos recordes ontem.
Na Bolsa Mercantil de Nova
York, os contratos para entrega
em novembro fecharam negociados a US$ 51,09, uma alta de
2,36%. No "intraday", que considera os preços praticados durante
o dia, o preço chegou a US$ 51,23.
Em Londres, o barril do tipo
Brent encerrou acima dos US$
47,00.
"Os operadores seguem preocupados com as plataformas petrolíferas do golfo do México e
com uma queda nas reservas norte-americanas", disse Marshall
Steeves, analista da Refco.
O Departamento de Energia dos
Estados Unidos deve divulgar hoje o relatório semanal com os estoques de petróleo do país, que
estavam em 272,9 milhões de barris. Segundo boletim da agência
Reuters, é esperada uma queda de
até 900 mil barris do produto.
As plataformas do Golfo do México seguem abaladas pelas conseqüências da passagem do furacão Ivan. A produção da região,
que abastece os EUA, está 27%
aquém da capacidade total.
A alta do petróleo abafou um
pouco a euforia recente do mercado financeiro local.
O dólar quebrou sua fase de baixa e registrou alta de 0,14% nos
negócios de ontem. A moeda norte-americana fechou a R$ 2,83,
depois de chegar a ser negociada a
R$ 2,818 pela manhã.
No exterior, os C-Bonds (títulos
da dívida da brasileira) recuaram
0,25%, para US$ 0,9975, depois de
alcançarem os 100% de seu valor
de face na segunda-feira.
A Bolsa de Valores de São Paulo, que chegou a avançar 0,88%,
encerrou o pregão com ganho de
0,23%. As ações da Petrobras
acompanharam a alta do petróleo
e fecharam com valorização:
2,01% (papel preferencial) e
1,63% (ON, com direito a voto).
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, as projeções das taxas de juros pouco oscilaram.
O contrato DI com prazo de resgate em abril, o mais negociado,
fechou com taxa de 17,05%, ante
17,03% do pregão da BM&F do
dia anterior.
Como não há pressão no mercado de câmbio, o BC decidiu que
não vai fazer a rolagem do US$ 1,8
bilhão em dívida cambial que
vence na próxima semana.
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