São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Alta da commodity ofusca clima otimista de investidores; dólar sobe 0,14% e C-Bonds recuam 0,25%

Em novo recorde, petróleo vai a US$ 51,09

DA REPORTAGEM LOCAL

O temor de que a produção de petróleo seja insuficiente para atender o aumento da demanda com a chegada do inverno no hemisfério Norte levou os preços do produto a novos recordes ontem.
Na Bolsa Mercantil de Nova York, os contratos para entrega em novembro fecharam negociados a US$ 51,09, uma alta de 2,36%. No "intraday", que considera os preços praticados durante o dia, o preço chegou a US$ 51,23. Em Londres, o barril do tipo Brent encerrou acima dos US$ 47,00.
"Os operadores seguem preocupados com as plataformas petrolíferas do golfo do México e com uma queda nas reservas norte-americanas", disse Marshall Steeves, analista da Refco.
O Departamento de Energia dos Estados Unidos deve divulgar hoje o relatório semanal com os estoques de petróleo do país, que estavam em 272,9 milhões de barris. Segundo boletim da agência Reuters, é esperada uma queda de até 900 mil barris do produto.
As plataformas do Golfo do México seguem abaladas pelas conseqüências da passagem do furacão Ivan. A produção da região, que abastece os EUA, está 27% aquém da capacidade total.
A alta do petróleo abafou um pouco a euforia recente do mercado financeiro local.
O dólar quebrou sua fase de baixa e registrou alta de 0,14% nos negócios de ontem. A moeda norte-americana fechou a R$ 2,83, depois de chegar a ser negociada a R$ 2,818 pela manhã.
No exterior, os C-Bonds (títulos da dívida da brasileira) recuaram 0,25%, para US$ 0,9975, depois de alcançarem os 100% de seu valor de face na segunda-feira.
A Bolsa de Valores de São Paulo, que chegou a avançar 0,88%, encerrou o pregão com ganho de 0,23%. As ações da Petrobras acompanharam a alta do petróleo e fecharam com valorização: 2,01% (papel preferencial) e 1,63% (ON, com direito a voto).
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros, as projeções das taxas de juros pouco oscilaram.
O contrato DI com prazo de resgate em abril, o mais negociado, fechou com taxa de 17,05%, ante 17,03% do pregão da BM&F do dia anterior.
Como não há pressão no mercado de câmbio, o BC decidiu que não vai fazer a rolagem do US$ 1,8 bilhão em dívida cambial que vence na próxima semana.


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