São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2007

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5 investidores disputam os ativos da Vasp

DA SUCURSAL DO RIO

Cinco investidores pretendem fazer ofertas pelos ativos da Vasp. A companhia, que parou de operar em 2005 e está em recuperação judicial, tem assembléia de credores marcada para o final deste mês.
A Vasp já foi uma das maiores empresas de aviação do país, mas hoje o principal atrativo para os investidores são os serviços de manutenção de aeronaves para outras companhias.
A lista de investidores reúne, por exemplo, o fundo de investimento americano Matlin Patterson, que fará parceria com a empresa de manutenção de São José dos Campos Digex, a OceanAir, do empresário German Efromovich, o grupo de manutenção chinês Haite e mais dois fundos de investimento, que ainda não tiveram seus nomes divulgados.
Um dos fundos é estrangeiro, mas já tem empresa no Brasil. O segundo, participaria com uma companhia aérea, segundo a Folha apurou.
O único investidor a apresentar uma proposta formal foi a Digex. A oferta, de R$ 24 milhões, foi retirada porque perderia a validade no dia 12 de outubro. "A Vasp tem uma parte de manutenção que nos interessa, o principal fica no aeroporto de Congonhas. Vamos avaliar novamente nossa proposta", afirmou o presidente da Digex, Renato Cianflone.
O Matlin Patterson, envolvido em disputa societária com os sócios brasileiros na VarigLog, entra como financiador do projeto. "Em 2005 iniciamos nosso projeto de expansão e começamos a procurar um parceiro interessado em entrar com uma parte dos investimentos."
A Matlin Patterson e Efromovich disputaram também os ativos da Varig, em 2005. Mas Efromovich acabou desistindo de fazer aquisição em função do risco de sucessão de dívidas.
Especialistas do setor afirmam que Efromovich é o maior interessado por conta das áreas em Congonhas e do momento de expansão da OceanAir com grande encomenda de aeronaves.
O principal entrave para a venda das instalações da Vasp é a discussão com a Infraero sobre a retomada de áreas nos aeroportos. Na última assembléia de credores, a Digex disse que só tem interesse se as áreas não forem devolvidas. As áreas só estão garantidas até meados deste mês por decisão judicial.
A Folha apurou que a empresa deve argumentar que tem interessados na aquisição para estender o prazo. A área de manutenção da Vasp continua em atividade, com prestação de serviços para outras empresas do setor.
Os ativos da Vasp somam R$ 6,5 bilhões e as dívidas, cerca de R$ 5,5 bilhões. (JL)


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