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5 investidores disputam os ativos da Vasp
DA SUCURSAL DO RIO
Cinco investidores pretendem fazer ofertas pelos ativos da Vasp. A companhia,
que parou de operar em
2005 e está em recuperação
judicial, tem assembléia de
credores marcada para o final deste mês.
A Vasp já foi uma das
maiores empresas de aviação
do país, mas hoje o principal
atrativo para os investidores
são os serviços de manutenção de aeronaves para outras
companhias.
A lista de investidores reúne, por exemplo, o fundo de
investimento americano
Matlin Patterson, que fará
parceria com a empresa de
manutenção de São José dos
Campos Digex, a OceanAir,
do empresário German Efromovich, o grupo de manutenção chinês Haite e mais
dois fundos de investimento,
que ainda não tiveram seus
nomes divulgados.
Um dos fundos é estrangeiro, mas já tem empresa no
Brasil. O segundo, participaria com uma companhia aérea, segundo a Folha apurou.
O único investidor a apresentar uma proposta formal
foi a Digex. A oferta, de R$ 24
milhões, foi retirada porque
perderia a validade no dia 12
de outubro. "A Vasp tem
uma parte de manutenção
que nos interessa, o principal fica no aeroporto de Congonhas. Vamos avaliar novamente nossa proposta", afirmou o presidente da Digex,
Renato Cianflone.
O Matlin Patterson, envolvido em disputa societária
com os sócios brasileiros na
VarigLog, entra como financiador do projeto. "Em 2005
iniciamos nosso projeto de
expansão e começamos a
procurar um parceiro interessado em entrar com uma
parte dos investimentos."
A Matlin Patterson e Efromovich disputaram também
os ativos da Varig, em 2005.
Mas Efromovich acabou desistindo de fazer aquisição
em função do risco de sucessão de dívidas.
Especialistas do setor afirmam que Efromovich é o
maior interessado por conta
das áreas em Congonhas e
do momento de expansão da
OceanAir com grande encomenda de aeronaves.
O principal entrave para a
venda das instalações da
Vasp é a discussão com a Infraero sobre a retomada de
áreas nos aeroportos. Na última assembléia de credores,
a Digex disse que só tem interesse se as áreas não forem
devolvidas. As áreas só estão
garantidas até meados deste
mês por decisão judicial.
A Folha apurou que a empresa deve argumentar que
tem interessados na aquisição para estender o prazo. A
área de manutenção da Vasp
continua em atividade, com
prestação de serviços para
outras empresas do setor.
Os ativos da Vasp somam
R$ 6,5 bilhões e as dívidas,
cerca de R$ 5,5 bilhões.
(JL)
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