São Paulo, terça-feira, 06 de novembro de 2007

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Planalto calcula ter 1 ano para buscar solução

VALDO CRUZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo Lula acredita que tenha ganhado um prazo de pelo menos um ano para acelerar projetos no setor de gás e evitar problemas graves de abastecimento.
A idéia é discutir com a Petrobras se a melhor solução é instalar usinas de regaiseficação ou garantir que todas as termelétricas sejam bicombustíveis. Com usinas de regaiseficação, é possível importar gás líquido e transformá-lo novamente em gasoso. O prazo de construção das usinas é de seis meses e o custo é considerado elevado.
Essa foi a conclusão da reunião de coordenação de governo realizada ontem no Palácio do Planalto, com participação de Lula e do ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner. O governo avalia que o "período crítico já foi resolvido" porque a Petrobras derrubou uma decisão da Justiça de Mato Grosso do Sul que determinava o fornecimento de gás para uma empresa do Estado com a qual não tem contrato. A manutenção do abastecimento poderia gerar falta de gás em outras praças.
Além disso, o começo da temporada de chuvas leva os níveis dos reservatórios de água no Sudeste acima de 50% e dispensa a entrada em operação das termelétricas que usam gás para gerar energia. A tendência é sobrar combustível para outras finalidades, como o veicular.
Esse é o motivo da preocupação do governo com o Rio de Janeiro, onde a demanda por gás cresceu por causa do estímulo ao uso desse combustíveis por veículos, principalmente táxi.

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