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Atrito começou no ano passado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A disputa do ministro Miro Teixeira (Comunicações) com o presidente demissionário da Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações), Luiz Schymura, vem
desde o começo do ano passado.
Ainda no primeiro semestre,
Miro e Schymura se desentenderam por causa do reajuste das tarifas de telefonia fixa. O ministro
defendia que fosse aplicado um
índice menor do que o IGP-DI
(contratual) para o reajuste.
Em junho, Schymura, em decisão que teve respaldo de todo a diretoria da agência, optou pela
aplicação do índice definido em
contrato, que proporcionava reajustes maiores. Miro passou então
a incentivar os consumidores a
entrarem na Justiça contra o aumento autorizado pela agência.
A Justiça, então, suspendeu a
aplicação do IGP-DI, que permitia reajustes de até 41%, e o substituiu, liminarmente, pelo IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor
Amplo), que limitava os reajustes
em até 23%. O mérito da questão
não foi julgado ainda.
Outro foco de discussão entre o
Miro e Schymura foi a definição
do indexador que irá vigorar na
renovação dos contratos das teles.
A Anatel defendia a manutenção
do IGP-DI, enquanto Miro propunha o fim da indexação.
Para esse impasse acabou sendo
elaborada uma solução de meio
termo, que teve a participação do
Ministério da Fazenda. A indexação foi mantida, mas a agência estuda a criação de um índice setorial. O IGP-DI não será mantido.
Outro atrito surgiu na definição
sobre a possibilidade ou não de a
Vésper usar uma faixa de freqüência para operação de telefonia celular. O ministério queria
que a faixa fosse liberada, o que
não foi concedido pela Anatel.
O cargo ocupado por Pedro Ziller -secretário de Telecomunicações- foi criado por Miro e,
entre as suas atribuições, estava
fiscalizar o trabalho da Anatel.
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