São Paulo, quarta-feira, 07 de janeiro de 2009

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INFLAÇÃO

IPC fecha 2008 em 6,2%, maior taxa desde 2004

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com o sobe-e-desce das commodities, as quebras de safras e a alta dos aluguéis, a inflação no ano passado para as famílias paulistanas com renda de até 20 salários mínimos foi a maior desde 2004.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), elaborado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), fechou 2008 em 6,16%. Apesar da alta no ano, em dezembro os preços se desaceleraram e o índice registrou avanço de 0,16% -foi a menor taxa em 14 meses.
Antonio Evaldo Comune, coordenador do índice, diz que o IPC parou de subir com força em dezembro porque os preços dos alimentos caíram. A alimentação, que tem quase 23% de peso no orçamento das famílias nessa faixa de renda, caiu 0,54% no mês passado. Em 2008, o grupo subiu 9,01%, mas nos últimos seis meses a alta foi de 0,68%.
A queda dos preços das commodities impediu que a inflação fechasse o ano em um patamar acima de 6,5%, segundo Comune.
Comune prevê que o IPC encerre este ano em desaceleração e que o índice registre aumento de cerca de 5%. Para o especialista, com a retração do crescimento global, as cotações das commodities não têm fôlego para repetir a escalada de preços do início do ano passado. O dólar, entretanto, deve pesar mais no índice.
Ao longo de 2008, os itens que mais pesaram no bolso das famílias foram o arroz (32,90%), a energia elétrica (9,21%) e o aluguel (4,82%). O grupo habitação, com peso de 32,8% no orçamento, subiu 5,39% no ano, puxado principalmente pelo aluguel, com a maior alta desde 1997. (VF)


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