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INFLAÇÃO
IPC fecha 2008 em 6,2%, maior taxa desde 2004
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Com o sobe-e-desce das
commodities, as quebras
de safras e a alta dos aluguéis, a inflação no ano
passado para as famílias
paulistanas com renda de
até 20 salários mínimos
foi a maior desde 2004.
O IPC (Índice de Preços
ao Consumidor), elaborado pela Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas
Econômicas), fechou
2008 em 6,16%. Apesar da
alta no ano, em dezembro
os preços se desaceleraram e o índice registrou
avanço de 0,16% -foi a
menor taxa em 14 meses.
Antonio Evaldo Comune, coordenador do índice,
diz que o IPC parou de subir com força em dezembro porque os preços dos
alimentos caíram. A alimentação, que tem quase
23% de peso no orçamento das famílias nessa faixa
de renda, caiu 0,54% no
mês passado. Em 2008, o
grupo subiu 9,01%, mas
nos últimos seis meses a
alta foi de 0,68%.
A queda dos preços das
commodities impediu que
a inflação fechasse o ano
em um patamar acima de
6,5%, segundo Comune.
Comune prevê que o
IPC encerre este ano em
desaceleração e que o índice registre aumento de
cerca de 5%. Para o especialista, com a retração do
crescimento global, as cotações das commodities
não têm fôlego para repetir a escalada de preços do
início do ano passado. O
dólar, entretanto, deve pesar mais no índice.
Ao longo de 2008, os
itens que mais pesaram no
bolso das famílias foram o
arroz (32,90%), a energia
elétrica (9,21%) e o aluguel
(4,82%). O grupo habitação, com peso de 32,8% no
orçamento, subiu 5,39%
no ano, puxado principalmente pelo aluguel, com a
maior alta desde 1997.
(VF)
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