DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O BC comprou 95% dos dólares que entraram no país no ano passado para evitar que a moeda se desvalorizasse ainda mais ante o real. A queda na cotação do dólar é uma das principais preocupações da indústria, por encarecer as exportações.
O ano passado foi marcado por uma virada no mercado de câmbio. Entre outubro de 2008 e fevereiro de 2009, o BC vendeu US$ 14,5 bilhões para irrigar o mercado durante o período mais agudo da crise, quando houve fuga de investimentos estrangeiros e o dólar chegou a se aproximar de R$ 2,50.
No início do segundo trimestre, houve uma mudança no fluxo e na tendência do câmbio, e o dólar perdeu valor. Em maio, o BC voltou a atuar no mercado de câmbio -dessa vez, no sentido contrário. Daquele mês até dezembro, a instituição comprou US$ 27,5 bilhões.
Esse dinheiro ajudou a aumentar as reservas internacionais, que encerraram o ano no patamar recorde de US$ 239 bilhões. As reservas funcionam como uma garantia para o país em momentos de crise. Há, no entanto, um custo para manter esse seguro. Toda vez em que o BC compra dólares, injeta reais na economia. Para retirar esse dinheiro de circulação, precisa emitir títulos, o que aumenta o endividamento do país.


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