São Paulo, terça-feira, 07 de fevereiro de 2006

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

MERCADO PERDIDO
Os problemas de saúde animal fazem com que o Brasil perca bons e próximos mercados, como o do Chile. Carentes nesse setor, os chilenos importaram US$ 519 milhões em carnes em 2005. A participação brasileira caiu para US$ 278 milhões nesse período, com recuo de 13%.

MERCADO GARANTIDO
Mas se os chilenos pisaram no freio nas importações de carne brasileira, o mesmo não ocorre com as exportações de vinho. No ano passado, as vendas desse produto para o Brasil somaram US$ 26,4 milhões, 61% a mais do que as de há dois anos, segundo dados do governo chileno.

LIDERANÇA
Carnes e vinhos são importantes tanto para o Brasil como para o Chile. As carnes lideram as exportações brasileiras para o Chile no agronegócio, enquanto as de vinho são as principais dos chilenos para o Brasil.

EFEITO AFTOSA
A ocorrência de febre aftosa em 2005 continua afetando preços e negociações no mercado interno. Os dados referentes a janeiro da BM&F indicam que os contratos negociados com boi gordo caíram para 15,9 mil, o menor patamar em 22 meses e 67% abaixo do de setembro, mês anterior à ocorrência da doença.

SEM MAMONA
No momento em que o governo aposta no biodiesel, a produção de uma das mais importantes matérias-primas para a produção do combustível deve recuar 48%. A Conab prevê reduções aceleradas nas produções da Bahia (59%), de São Paulo (36%) e do Paraná (18%). A safra deste ano recua para 110 mil toneladas.

INÍCIO FRACO
O setor externo do agronegócio perdeu fôlego. A Secex indica que carnes, açúcar, soja, café, suco de laranja e fumo renderam US$ 66 milhões por dia neste início de mês, 21% menos do que em 2005.

DESTAQUES
Três produtos se destacam nas quedas: suco de laranja (66%), fumo (47%) e soja (40%). As demais commodities tiveram quedas menores. O menor recuo foi o do café, cuja média diária caiu para US$ 12 milhões, 3% menos do que em 2005.

QUEBRA NO MILHO
O clima desfavorável do início de ano já reflete nas estimativas de safra. O mais recente levantamento da Céleres, de Uberlândia (MG), indica 30,5 milhões de toneladas de milho, 3,8 milhões menos do que a previsão anterior.


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