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Paraguai reduz câmbio de brasileiro
WAGNER OLIVEIRA
da Agência Folha, em Curitiba
O real está valendo mais em Ciudad del Este, no Paraguai. O comércio paraguaio reduziu o câmbio para patamares que variam entre R$ 1,35 e R$ 1,50 em relação ao
dólar. No início da liberação cambial, o dólar chegou a ser vendido a
R$ 2,15.
O objetivo da redução é reconquistar os compradores brasileiros, principalmente os ambulantes, que, desde o início da disparada do câmbio, sumiram de Ciudad
del Este, provocando queda de
80% nas vendas.
Além de valorizar a moeda brasileira, os comerciantes paraguaios
diminuíram o preço dos produtos,
que variam de bebidas a eletroeletrônicos, entre 4% e 12%. Eles também pleiteiam queda de impostos
internos para atrair os brasileiros.
"Nós acreditamos que o dólar no
Brasil não deve se manter alto por
muito tempo e vai se estabilizar na
faixa de R$ 1,50 a R$ 1,60", afirma o
presidente do Centro de Importadores e Comerciantes do Departamento (Estado) de Alto Paraná,
Charif Hammoud.
Hammoud disse que o recuo do
dólar faz parte da estratégia dos
comerciantes para vender rapidamente as mercadorias estocadas.
Consumidores paraguaios que
aguardavam inspeção na aduaneira daquele país ameaçaram na sexta-feira pela manhã fechar a Ponte
da Amizade em razão da fiscalização contra os produtos brasileiros.
Os paraguaios reclamavam da
demora e da exigência feita pela alfândega paraguaia. Militares do
Paraguai dissolveram um princípio de tumulto envolvendo cerca
de 200 pessoas.
Com as desvalorização da moeda
brasileira, muitos produtos, principalmente cimento e comestíveis,
ficaram baratos para os paraguaios, que têm atravessado a
fronteira com frequência para fazer compras no Brasil.
Para evitar prejuízos para os empresários locais, o governo paraguaio decidiu intensificar a fiscalização dos produtos brasileiros.
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