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Operário diz que adicional nem sempre é lucro
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o metalúrgico Agnaldo Bezerra, 39, funcionário
há 19 anos da empresa de
máquinas Pilão, na Mooca
(zona leste de SP), fazer hora
extra não compensa nem
significa ganho extra no contracheque no final do mês.
"É ilusão achar que você
vai ganhar mais a ponto de
conseguir comprar um carro ou uma casa. Se o salário
aumenta, também aumenta
a mordida do leão [desconto
do Imposto de Renda]. Só
compensa se o salário for
realmente baixo."
Chefe de produção da linha de usinagem e montagem de máquinas, Bezerra
diz que aceita fazer extra
quando é realmente necessário. "Se há uma entrega urgente ou se a produção está
atrasada, é natural ficar uma
ou duas horas além do expediente. Mas não pode virar
hábito trabalhar das 7h às
22h", diz. Pela legislação, o
trabalhador pode fazer até
duas horas extras por dia.
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