São Paulo, domingo, 07 de março de 2004

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Operário diz que adicional nem sempre é lucro

DA REPORTAGEM LOCAL

Para o metalúrgico Agnaldo Bezerra, 39, funcionário há 19 anos da empresa de máquinas Pilão, na Mooca (zona leste de SP), fazer hora extra não compensa nem significa ganho extra no contracheque no final do mês.
"É ilusão achar que você vai ganhar mais a ponto de conseguir comprar um carro ou uma casa. Se o salário aumenta, também aumenta a mordida do leão [desconto do Imposto de Renda]. Só compensa se o salário for realmente baixo."
Chefe de produção da linha de usinagem e montagem de máquinas, Bezerra diz que aceita fazer extra quando é realmente necessário. "Se há uma entrega urgente ou se a produção está atrasada, é natural ficar uma ou duas horas além do expediente. Mas não pode virar hábito trabalhar das 7h às 22h", diz. Pela legislação, o trabalhador pode fazer até duas horas extras por dia.



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