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Pecuarista vende 78% do rebanho e salva negócio
DO ENVIADO A UBERABA
Diamantino Silva Filho,
advogado especialista em direito agrário, começou na
pecuária de melhoramento
de raça há cerca de 12 anos.
Dono de uma fazenda de
2.178 hectares em Uberaba e
de um escritório de advocacia, tinha, anualmente, que
sustentar a fazenda com dinheiro do escritório.
Criador eventual de gado,
com cerca de 2.700 cabeças
em 1990, Silva Filho decidiu
que, para solucionar o problema, ou teria que vender a
fazenda ou profissionalizar a
produção. Escolheu a segunda opção. Se desfez de quase
2.100 cabeças, algumas delas
com alto valor comercial,
apenas por não terem o perfil de boas reprodutoras.
Detalhe: o criador vendeu
os animais como gado de
corte. "Eu sabia que, um dia,
o material genético inferior
dessas vacas poderia voltar à
minha fazenda, por meio de
suas crias. Para evitar isso,
eu as vendi para o abate",
afirmou ele.
Em 1996, optou, ainda, por
investir em gado melhorador de raça. Assim, conseguiu inverter um prejuízo
anual de cerca de 48% do capital investido na fazenda
(de R$ 1,5 milhão nesses cinco anos), para um lucro de
36% anuais sobre esse mesmo montante.
"Não há lugar para amadorismo na pecuária, principalmente na de elite", disse o
pecuarista.
"O custo, se você for pensar no retorno, não é tão alto.
E, além disso, acredito que
conseguirei compensar esse
investimento em cerca de
cinco anos", afirmou.
Segundo Silva Filho, um
dos melhores negócios hoje
com pecuária é o de material
genético. Pouca gente está
nesse negócio e o mercado é
enorme, diz ele. Nos Estados
Unidos, por exemplo, cerca
de 70% do gado é produzido
com essas técnicas.
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