São Paulo, terça-feira, 07 de maio de 2002

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Pecuarista vende 78% do rebanho e salva negócio

DO ENVIADO A UBERABA

Diamantino Silva Filho, advogado especialista em direito agrário, começou na pecuária de melhoramento de raça há cerca de 12 anos. Dono de uma fazenda de 2.178 hectares em Uberaba e de um escritório de advocacia, tinha, anualmente, que sustentar a fazenda com dinheiro do escritório.
Criador eventual de gado, com cerca de 2.700 cabeças em 1990, Silva Filho decidiu que, para solucionar o problema, ou teria que vender a fazenda ou profissionalizar a produção. Escolheu a segunda opção. Se desfez de quase 2.100 cabeças, algumas delas com alto valor comercial, apenas por não terem o perfil de boas reprodutoras.
Detalhe: o criador vendeu os animais como gado de corte. "Eu sabia que, um dia, o material genético inferior dessas vacas poderia voltar à minha fazenda, por meio de suas crias. Para evitar isso, eu as vendi para o abate", afirmou ele.
Em 1996, optou, ainda, por investir em gado melhorador de raça. Assim, conseguiu inverter um prejuízo anual de cerca de 48% do capital investido na fazenda (de R$ 1,5 milhão nesses cinco anos), para um lucro de 36% anuais sobre esse mesmo montante.
"Não há lugar para amadorismo na pecuária, principalmente na de elite", disse o pecuarista.
"O custo, se você for pensar no retorno, não é tão alto. E, além disso, acredito que conseguirei compensar esse investimento em cerca de cinco anos", afirmou.
Segundo Silva Filho, um dos melhores negócios hoje com pecuária é o de material genético. Pouca gente está nesse negócio e o mercado é enorme, diz ele. Nos Estados Unidos, por exemplo, cerca de 70% do gado é produzido com essas técnicas.



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