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Semana será marcada por novos índices americanos
Na pauta, reunião do Fed,
inflação e setor imobiliário
DA REPORTAGEM LOCAL
A atenção dos investidores
estará voltadas aos Estados
Unidos nesta semana.
Na quarta-feira, o comitê de
mercado aberto do Fed (Federal Reserve, o banco central
americano) vai definir como ficam os juros básicos do país. A
taxa está atualmente em 5,25%
anuais e a expectativa majoritária do mercado é de que ela fique inalterada.
Mais do que a taxa, o mercado global estará suscetível à nota com comentários sobre a decisão que os dirigentes do Fed
emitirão após a reunião.
Há um ano, o tom da nota publicada pelo Fed trouxe incertezas e temores em relação ao
futuro da política monetária
americana, fazendo com que os
mercados enfrentassem semanas de perdas e instabilidade.
Dados de inflação também
estão na pauta de eventos. Na
sexta-feira, os EUA divulgarão
o PPI (índice de preços ao produtor americano, na sigla em
inglês) de abril. As projeções indicam que o PPI aponte inflação de 0,6%. Em março, o índice de preços subiu 1%.
Para o núcleo do indicador,
que exclui as variações de preços de alimentos e energia, a
expectativa é que suba 0,2%,
após a estabilidade registrada
em março.
Esse índice de preços tem oscilado muito: em fevereiro, subiu 1,3% e, em janeiro, teve deflação de 0,6%.
Números sobre o desempenho do setor imobiliário nos
primeiros dias do mês são
aguardados para quarta-feira.
Na semana passada, o mercado se animou com dados que
apontaram que a maior economia do mundo está distante de
sofrer um indesejado desaquecimento. Essa percepção ajudou a levar as Bolsas de Valores
a baterem novos recordes na
semana passada.
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, se
consolidou acima dos 13 mil
pontos, patamar que nunca havia atingido antes.
No Brasil, a Bovespa (Bolsa
de Valores de São Paulo) superou na quinta-feira, pela primeira vez, os 50 mil pontos.
A pontuação das Bolsas oscila de acordo com a valorização
ou a queda de suas ações. Quando uma Bolsa de Valores atinge
pontuação recorde isso indica
que as ações das empresas listadas em seu pregão nunca valeram tanto.
No caso da Bovespa, as companhias valiam, no fim do pregão de quinta-feira, um total de
R$ 1,79 trilhão.
Como o mercado acionário
brasileiro conta hoje com uma
participação elevada de estrangeiros, os dados econômicos internacionais, especialmente os
americanos, se tornam ainda
mais relevantes.
Se o cenário internacional
permanecer favorável, crescem
as chances de a Bovespa seguir
em rota de alta. Os estrangeiros
têm representado neste ano
34% do total de operações realizadas na Bolsa paulista.
Na sexta-feira, o IBGE vai
apresentar o IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo).
O IPCA ficou em 0,37% em
março, sua menor taxa para o
mês desde 2000.
Para abril, a expectativa é de
que o indicador tenha subido
0,26%. O IPCA é o índice utilizado pelo Banco Central para
monitorar a meta oficial de inflação do país.
Com as atuais dúvidas em relação ao futuro da taxa básica
brasileira, a divulgação do índice ganha maior interesse. Se o
IPCA ficar abaixo do esperado
pode sinalizar que há espaço
para os juros caírem de forma
mais acentuada.
A taxa Selic está em 12,5%
anuais. O mercado se divide
nesse momento entre os que
esperam que haja um corte de
0,25 ponto na próxima reunião
do Copom e os que contam com
uma queda de 0,50 ponto.
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