São Paulo, segunda-feira, 07 de maio de 2007

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Semana será marcada por novos índices americanos

Na pauta, reunião do Fed, inflação e setor imobiliário

DA REPORTAGEM LOCAL

A atenção dos investidores estará voltadas aos Estados Unidos nesta semana.
Na quarta-feira, o comitê de mercado aberto do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) vai definir como ficam os juros básicos do país. A taxa está atualmente em 5,25% anuais e a expectativa majoritária do mercado é de que ela fique inalterada.
Mais do que a taxa, o mercado global estará suscetível à nota com comentários sobre a decisão que os dirigentes do Fed emitirão após a reunião.
Há um ano, o tom da nota publicada pelo Fed trouxe incertezas e temores em relação ao futuro da política monetária americana, fazendo com que os mercados enfrentassem semanas de perdas e instabilidade.
Dados de inflação também estão na pauta de eventos. Na sexta-feira, os EUA divulgarão o PPI (índice de preços ao produtor americano, na sigla em inglês) de abril. As projeções indicam que o PPI aponte inflação de 0,6%. Em março, o índice de preços subiu 1%.
Para o núcleo do indicador, que exclui as variações de preços de alimentos e energia, a expectativa é que suba 0,2%, após a estabilidade registrada em março.
Esse índice de preços tem oscilado muito: em fevereiro, subiu 1,3% e, em janeiro, teve deflação de 0,6%.
Números sobre o desempenho do setor imobiliário nos primeiros dias do mês são aguardados para quarta-feira.
Na semana passada, o mercado se animou com dados que apontaram que a maior economia do mundo está distante de sofrer um indesejado desaquecimento. Essa percepção ajudou a levar as Bolsas de Valores a baterem novos recordes na semana passada.
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, se consolidou acima dos 13 mil pontos, patamar que nunca havia atingido antes.
No Brasil, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) superou na quinta-feira, pela primeira vez, os 50 mil pontos.
A pontuação das Bolsas oscila de acordo com a valorização ou a queda de suas ações. Quando uma Bolsa de Valores atinge pontuação recorde isso indica que as ações das empresas listadas em seu pregão nunca valeram tanto.
No caso da Bovespa, as companhias valiam, no fim do pregão de quinta-feira, um total de R$ 1,79 trilhão.
Como o mercado acionário brasileiro conta hoje com uma participação elevada de estrangeiros, os dados econômicos internacionais, especialmente os americanos, se tornam ainda mais relevantes.
Se o cenário internacional permanecer favorável, crescem as chances de a Bovespa seguir em rota de alta. Os estrangeiros têm representado neste ano 34% do total de operações realizadas na Bolsa paulista.
Na sexta-feira, o IBGE vai apresentar o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O IPCA ficou em 0,37% em março, sua menor taxa para o mês desde 2000.
Para abril, a expectativa é de que o indicador tenha subido 0,26%. O IPCA é o índice utilizado pelo Banco Central para monitorar a meta oficial de inflação do país.
Com as atuais dúvidas em relação ao futuro da taxa básica brasileira, a divulgação do índice ganha maior interesse. Se o IPCA ficar abaixo do esperado pode sinalizar que há espaço para os juros caírem de forma mais acentuada.
A taxa Selic está em 12,5% anuais. O mercado se divide nesse momento entre os que esperam que haja um corte de 0,25 ponto na próxima reunião do Copom e os que contam com uma queda de 0,50 ponto.


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