São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002

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Eleição mantém instabilidade na Bolsa em 2002

DA REPORTAGEM LOCAL

Passar a apostar na Bolsa, como forma de aproveitar o baixo preço das ações, ainda não é a recomendação dada por analistas. Como há um cenário de provável tensão no mercado nos próximos meses, o momento é de cautela.
"A expectativa é que a Bovespa tenha mais instabilidade e, consequentemente, mais quedas nos próximos meses. Isso pode tornar as ações mais baratas e atrativas que hoje. Entrar na Bolsa, apenas para quem aposta no longo prazo", diz o diretor de renda variável do BNP Paribas Asset Management, Jacopo Valentino.
O investimento em ações sempre é arriscado. Apesar de haver possibilidades de ganhos espantosos -como os mais de 150% que a Bovespa registrou em 99-, a chance de perder dinheiro deve ser levada em conta.
Nos últimos dois anos, quem decidiu comprar uma carteira teórica igual ao Ibovespa -o índice que reflete o comportamento dos 57 papéis mais negociados na Bolsa- engoliu prejuízos. Em 2000, o Ibovespa encerrou com desvalorização acumulada de 10,7%. No ano passado, as perdas foram de 11%. Por enquanto, a Bovespa repete o mau desempenho: já são 22,5% de perdas acumuladas no ano.
"A Bolsa vai passar por turbulências ainda maiores quando as eleições se aproximarem. Investir em ações agora pode ser uma boa opção apenas para quem pensa em mexer na aplicação a partir do próximo ano", afirma Lúcio Graccho, diretor de renda variável do HSBC Brain.
Para Valentino, com a possível continuidade da queda no preço das ações, é interessante começar a pensar em separar parte dos investimentos para futuras aquisições no mercado acionário. (FV)


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