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Citigroup pode fechar acordo de US$ 200 mi
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O gigante americano do setor bancário Citigroup está perto de um acordo de US$ 200 milhões com a FTC (Comissão Federal do Comércio, na sigla em inglês) no processo em que é acusado de práticas financeiras abusivas. Entre as acusações, estão a de que a instituição teria usado práticas de empréstimo ilegais para manipular os consumidores a comprarem seguros de crédito por preços muito acima do de mercado.
De acordo com o executivo-chefe do grupo, Sandy Weill, a negociação entre a empresa e a comissão federal está próxima de ser concluída. O executivo,
porém, não deu mais detalhes sobre os termos do possível
acerto com o FTC.
Segundo informou uma fonte próxima à negociação, o acordo deve incluir o pagamento de cerca de U$ 200 milhões pelo Citigroup. O valor do acerto foi inicialmente publicado na edição matutina de ontem do "Wall Street Journal", de Nova York.
De acordo com a FTC, a empresa Associates First Capital, comprada em 2000 pelo Citigroup, forçou seus clientes a consolidarem suas dívidas em um único empréstimo -normalmente um financiamento imobiliário- com a promessa
de que os juros mensais seriam
menores.
Os empréstimos, porém, geralmente vinham com diversas
taxas que, na verdade, faziam
as dívidas ficarem ainda maiores que as originais.
A Associates First Capital é
uma das maiores empresas de
crédito de risco dos EUA. Ela
empresta dinheiro a clientes
considerados de alto risco, cobrando para isso juros acima
do normal do mercado de crédito.
À época do início do processo, conduzido por uma corte
federal em Atlanta, a FTC disse
que estava em busca de uma indenização de centenas de milhões de dólares para as vítimas da prática abusiva da empresa ligada ao Citigroup.
Uma das alegações da FTC é
que a empresa deliberadamente procurava clientes que tinham "necessidades emergenciais" de crédito e que, assim,
não prestavam atenção aos termos dos empréstimos.
Uma reorganização na empresa, iniciada em 2001, e um
programa de fusão da Associates First Capital com outra unidade do grupo foi citada por Weill como importantes para um possível acordo.
"Acredito que tomamos decisões corretas na reorganização daquela empresa para que, assim, possamos chegar a um acordo com a FTC", disse.
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