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Minirreforma não foi determinante, afirma Figueiredo
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.
O diretor de Política Monetária do Banco Central,
Luiz Fernando Figueiredo,
afirmou que a minirreforma
tributária foi incluída no
acordo entre o governo brasileiro e o FMI (Fundo Monetário Internacional) porque ela estava na ordem do
dia. "A minirreforma não foi
determinante para o acordo", afirmou Figueiredo.
De acordo com o diretor
do Banco Central, caso a medida provisória 66, que estabelece a minirreforma tributária, não seja aprovada pelo
Congresso, isso não irá afetar em nada o acordo com o
FMI. "Nós só incluímos a
minirreforma no acordo
porque já sabíamos que ela
iria acontecer", afirmou.
Segundo Figueiredo, no
acordo o FMI estabeleceu
uma série de indicadores de
acompanhamento e de qualidade, chamados de
"benchmarking".
Um desses indicadores foi
a minirreforma. "O objetivo
desses critérios de "benchmarking" foi apenas o de reforçar a robustez do acordo", afirmou Figueiredo.
Sobre a o aumento da meta
de superávit primário de
3,75% para 3,88% do PIB para este ano, Figueiredo afirmou que isso foi feito porque também já se sabia que
esse novo patamar seria obtido em 2002. "Os candidatos sabiam dessa meta", afirmou o diretor do BC.
Figueiredo disse que,
quando as autoridades do
governo afirmaram que o
acordo com o FMI não iria
representar nenhum esforço
adicional, estavam se referindo a 2003, cuja meta continuará em 3,75% do PIB.
Já em relação a este ano, o
diretor do Banco Central explicou que o aumento do superávit acabou sendo necessário em razão do crescimento da relação dívida pública/PIB do país. Com o aumento do dólar, a dívida pública atingiu o recorde de
61,9% do PIB, o que exigirá
um superávit maior.
"Como faltam quatro meses para o fim deste ano, nós
sabíamos que poderíamos alcançar um superávit
maior", explicou.
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