São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002

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Setor de óleo tem retração

DA SUCURSAL DO RIO

Pelo segundo mês seguido, a indústria extrativa-mineral teve queda de produção. Houve um recuo de 1% em julho, na comparação com junho, no indicador com ajuste sazonal. De maio para junho, a retração havia sido de 0,9%.
A extrativa mineral, cujo principal produto é o petróleo, vinha sustentando o desempenho do setor industrial, com taxas maiores do que as da indústria de transformação (que modifica matérias-primas em produtos).
Nos dois últimos resultados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aconteceu uma inversão: a indústria extrativa caiu, enquanto a de transformação cresceu -0,3% em julho e 1% em junho.
Segundo o IBGE, as duas quedas seguidas não podem ser interpretadas ainda como uma perda de dinamismo do setor, que mantém um nível de produção muito elevado.
O IBGE diz que não consegue identificar qual produto determinou essa queda, pois não faz o ajuste sazonal nesse nível de detalhamento.

Petrobras
Uma explicação, porém, pode ser a queda da produção da Petrobras de 3,6% em julho, na comparação com o mês anterior. Depois de recordes sucessivos, a extração de óleo caiu de 1,550 milhão de barris por dia para 1,494 milhão de barris.

Minério
O minério de ferro, outro produto de destaque do setor que poderia afetar o desempenho da indústria extrativa, teve melhor desempenho. A Companhia Vale do Rio Doce aumentou sua produção em 8% em julho em relação a junho.
Apesar da queda na série livre de influências sazonais, o setor extrativo apresentou crescimento de 10,4% em relação a julho de 2001. Na indústria de transformação, a expansão foi mais modesta: 2,4%.


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