São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2008

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Crise do crédito deverá reduzir ritmo da construção em 2009

DA REPORTAGEM LOCAL

A forte queda da Bolsa e a paralisação do crédito atingiram as construtoras brasileiras, e o número de empreendimentos lançados deve sofrer forte redução nos próximos meses. A previsão foi feita pelo presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo), Sérgio Watanabe.
Embora o sistema de financiamento da compra de imóveis (poupança e FGTS) esteja fora da crise, as construtoras estão sendo obrigadas a financiar a execução da obra num cenário pouco amistoso para a tomada de crédito. "A busca de recursos pela via do mercado de ações está completamente descartada agora. O BNDES também não tem uma linha para financiamento imobiliário. As empresas então têm de buscar recursos num mercado praticamente parado", diz.
Salvo casos excepcionais, Watanabe não acredita na paralisação geral das obras em andamento devido à restrição de crédito corporativo, mas a indústria da construção vai reduzir muito os novos lançamentos.
É a forma de não ficarem expostas a um mercado adverso, afirma. Devido aos projetos lançados, a previsão de crescimento de 10% em 2008 não deverá ser atingida, mas as expectativas para 2009 não são muito favoráveis.
Melvyn David Fox, presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), afirmou ontem que a previsão inicial de crescimento em 2009 também pode ser revista para baixo.


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