São Paulo, quarta-feira, 07 de novembro de 2007

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outro lado

Bancos não comentam prisão de executivos

DE NOVA YORK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O UBS não quis falar sobre a prisão do seu executivo ontem. No Brasil, a assessoria de imprensa apenas divulgou um comunicado: "Estamos cientes de que um empregado do UBS baseado na Suíça foi preso em São Paulo, na Operação Kaspar 2, da Polícia Federal. Já estamos em contato com as autoridades brasileiras. Neste momento, não podemos fazer comentários adicionais".
A unidade brasileira do banco, UBS Pactual, é a base do UBS na América Latina, reportando-se ao escritório de Nova York. Mas, nos EUA, o discurso a respeito do incidente de ontem era o mesmo. "Tudo o que podemos dizer neste momento é que sabemos que um empregado do banco foi preso em São Paulo e estamos em contato com as autoridades", comentou o porta-voz Douglas Morris.
Segundo a Polícia Federal, o funcionário preso é o o suíço Luc Marc de Pensas. Ainda de acordo com a corporação, o executivo suíço Marc Henry Dizerens, também do banco, está foragido na Suíça.
José Carlos Dias, advogado de Magda Maria Malvão Portugal (AIG Private Bank), executiva presa na operação, não quis se pronunciar. "Estou assumindo o caso agora, não tenho nada a declarar por ora."
A Le Postiche, por meio de sua assessoria de imprensa, disse que atendeu a todas as solicitações da PF e que se pronunciará "assim que tomar conhecimento dos detalhes da investigação".
Paulo Morais, advogado da Amazon PC, cujos escritórios foram alvo de uma operação de busca e apreensão, disse que a empresa "não é foco de investigação nem tampouco é indicada como participante de qualquer ato criminoso".
Segundo Morais, a empresa só foi envolvida nas investigações da PF, que ele afirma não entender a razão, porque o endereço de Milton José Pereira Jr, acusado de ser doleiro, estava indicado como sendo o do escritório da Amazon em São Paulo. "Na prática, ele não tem endereço na Amazon. Na verdade, a mulher dele é diretora da empresa", disse. O advogado destacou que nada foi apreendido na Amazon.
O advogado Alex Leon Ades, que defende Claudine Spiero, diz que não vai comentar as acusações de que sua cliente é doleira porque não teve acesso aos documentos da operação.
Segundo Ades, Daniel Spiero, filho de Claudine, não está foragido: "Ele estava trabalhando nos Estados Unidos quando foi deflagrada a operação".
Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da Ornare não tinha uma posição oficial sobre as investigações da PF e desconhecia a acusação contra a empresa de decoração.
Em telefonema ao escritório do Clariden no Brasil, uma funcionária, que se apresentou apenas como Roberta, disse que desconhecia Reto Buzzi, preso pela PF, e que o banco não possui assessoria de imprensa no país. A Folha não conseguiu falar com a assessoria de imprensa na Suíça.
Em telefonema à Feller Engenharia, uma pessoa que disse se chamar Márcia e se identificou como sendo secretária da diretoria afirmou que, em poucos minutos, telefonaria de volta, o que não fez. A Folha não conseguiu localizar ontem o advogado do empresário Jacques Feller, da Feller Engenharia.
A reportagem não conseguiu falar com as empresas Chaves Gold, Participe Empreendimentos Imobiliários, Zampese Máquinas, Aquarius Consultoria Financeira, Egger & Egger Consultoria Empresarial, São Paulo Express e Indústrias e Confecções Leal.


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