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outro lado
Bancos não comentam prisão de executivos
DE NOVA YORK
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O UBS não quis falar sobre a
prisão do seu executivo ontem.
No Brasil, a assessoria de imprensa apenas divulgou um comunicado: "Estamos cientes de
que um empregado do UBS baseado na Suíça foi preso em São
Paulo, na Operação Kaspar 2,
da Polícia Federal. Já estamos
em contato com as autoridades
brasileiras. Neste momento,
não podemos fazer comentários adicionais".
A unidade brasileira do banco, UBS Pactual, é a base do
UBS na América Latina, reportando-se ao escritório de Nova
York. Mas, nos EUA, o discurso
a respeito do incidente de ontem era o mesmo. "Tudo o que
podemos dizer neste momento
é que sabemos que um empregado do banco foi preso em São
Paulo e estamos em contato
com as autoridades", comentou
o porta-voz Douglas Morris.
Segundo a Polícia Federal, o
funcionário preso é o o suíço
Luc Marc de Pensas. Ainda de
acordo com a corporação, o
executivo suíço Marc Henry
Dizerens, também do banco,
está foragido na Suíça.
José Carlos Dias, advogado
de Magda Maria Malvão Portugal (AIG Private Bank), executiva presa na operação, não quis
se pronunciar. "Estou assumindo o caso agora, não tenho
nada a declarar por ora."
A Le Postiche, por meio de
sua assessoria de imprensa,
disse que atendeu a todas as solicitações da PF e que se pronunciará "assim que tomar conhecimento dos detalhes da investigação".
Paulo Morais, advogado da
Amazon PC, cujos escritórios
foram alvo de uma operação de
busca e apreensão, disse que a
empresa "não é foco de investigação nem tampouco é indicada como participante de qualquer ato criminoso".
Segundo Morais, a empresa
só foi envolvida nas investigações da PF, que ele afirma não
entender a razão, porque o endereço de Milton José Pereira
Jr, acusado de ser doleiro, estava indicado como sendo o do
escritório da Amazon em São
Paulo. "Na prática, ele não tem
endereço na Amazon. Na verdade, a mulher dele é diretora
da empresa", disse. O advogado
destacou que nada foi apreendido na Amazon.
O advogado Alex Leon Ades,
que defende Claudine Spiero,
diz que não vai comentar as
acusações de que sua cliente é
doleira porque não teve acesso
aos documentos da operação.
Segundo Ades, Daniel Spiero,
filho de Claudine, não está foragido: "Ele estava trabalhando
nos Estados Unidos quando foi
deflagrada a operação".
Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa
da Ornare não tinha uma posição oficial sobre as investigações da PF e desconhecia a acusação contra a empresa de decoração.
Em telefonema ao escritório
do Clariden no Brasil, uma funcionária, que se apresentou
apenas como Roberta, disse
que desconhecia Reto Buzzi,
preso pela PF, e que o banco
não possui assessoria de imprensa no país. A Folha não
conseguiu falar com a assessoria de imprensa na Suíça.
Em telefonema à Feller Engenharia, uma pessoa que disse
se chamar Márcia e se identificou como sendo secretária da
diretoria afirmou que, em poucos minutos, telefonaria de volta, o que não fez. A Folha não
conseguiu localizar ontem o
advogado do empresário Jacques Feller, da Feller Engenharia.
A reportagem não conseguiu
falar com as empresas Chaves
Gold, Participe Empreendimentos Imobiliários, Zampese
Máquinas, Aquarius Consultoria Financeira, Egger & Egger
Consultoria Empresarial, São
Paulo Express e Indústrias e
Confecções Leal.
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