São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Comprar carteira exige tempo, diz Febraban

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), Fábio Barbosa, usou a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão, para rebater as críticas do governo, da indústria e até do mercado financeiro de que os bancos estariam "empoçando" recursos.
Isto é, em vez de ajudar os bancos menores e irrigar o sistema financeiro que sofre com falta de liquidez, deixaram o dinheiro investido em títulos públicos.
Barbosa disse que os bancos privados desembolsaram R$ 6 bilhões para a compra de carteiras de crédito.
O valor ainda ficou aquém das compras da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil (BB), que até ontem somavam R$ 6,3 bilhões.
"A pressão para soluções imediatas raramente funcionam. Já foram compradas carteiras no valor de R$ 6 bilhões, mas isso demanda tempo, tem que ser feito com cautela, com a análise de risco criteriosa", disse Barbosa, também presidente do Grupo Santander no Brasil.
Ele acrescentou que os bancos privados usaram R$ 7 bilhões em operações interbancárias, espécie de redesconto. O BB tem atuado com essa modalidade de negócio. Até ontem, o banco público havia emprestado R$ 1,1 bilhão para outras instituições.
O executivo fez um discurso otimista e criticou os empresários que falam em férias coletivas ou demissão por causa da crise do crédito. "Criou-se uma preocupação excessivamente pessimista da economia brasileira.


Texto Anterior: Lula volta a cobrar dos bancos mais concessão de empréstimos
Próximo Texto: Vinicius Torres Freire: A transição econômica de Obama
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.