São Paulo, quarta-feira, 08 de janeiro de 2003

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VEÍCULOS

Setor aposta em exportação

Juro alto prejudicou montadoras em 2002

JOSÉ SERGIO OSSE
DA REPORTAGEM LOCAL

A produção e as vendas internas das montadoras brasileiras fecharam em queda em 2002, prejudicadas pela alta taxa de juros e pelo dólar. Para este ano, a expectativa do setor é semelhante, com vendas internas estagnadas. As empresas esperam, porém, elevar a produção neste ano, com a objetivo de aumentar as exportações.
Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a produção de veículos em 2002 foi de 1,775 milhão de unidades, 2% a menos que em 2001. Para este ano, a expectativa é produzir 1,88 milhão de carros, 6% mais que em 2002.
No caso das vendas internas ao varejo, a queda no ano passado foi de 6,5% em relação ao ano anterior. Os altos juros, em conjunto com a disparada do dólar no segundo semestre, inibiram os consumidores de comprar carros.
Ricardo Carvalho, presidente da Anfavea, diz que 2003 será um ano ruim para as vendas internas por causa da taxa de juros. "O financiamento de veículos depende muito da taxa de juros. Como não prevemos uma redução na taxa no curto prazo, nossa aposta para 2003 é em exportações", diz.
Segundo ele, a solução para 2003 será aumentar as exportações. A projeção da Anfavea é de um crescimento de 20% nas vendas de veículos ao exterior.
O setor foi prejudicado pela variação do câmbio. Em número de unidades houve crescimento de 5,1% em relação ao ano anterior. Mas, por causa do dólar, o resultado dessas vendas caiu: o faturamento com exportações em 2002 foi de US$ 3,99 bilhões contra US$ 4,13 bilhões em 2001.
Para este ano, a expectativa está nos acordos comerciais com o México e o Chile.


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