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VEÍCULOS
Setor aposta em exportação
Juro alto prejudicou montadoras em 2002
JOSÉ SERGIO OSSE
DA REPORTAGEM LOCAL
A produção e as vendas internas
das montadoras brasileiras fecharam em queda em 2002, prejudicadas pela alta taxa de juros e pelo
dólar. Para este ano, a expectativa
do setor é semelhante, com vendas internas estagnadas. As empresas esperam, porém, elevar a
produção neste ano, com a objetivo de aumentar as exportações.
Segundo a Anfavea (Associação
Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a produção
de veículos em 2002 foi de 1,775
milhão de unidades, 2% a menos
que em 2001. Para este ano, a expectativa é produzir 1,88 milhão
de carros, 6% mais que em 2002.
No caso das vendas internas ao
varejo, a queda no ano passado
foi de 6,5% em relação ao ano anterior. Os altos juros, em conjunto
com a disparada do dólar no segundo semestre, inibiram os consumidores de comprar carros.
Ricardo Carvalho, presidente
da Anfavea, diz que 2003 será um
ano ruim para as vendas internas
por causa da taxa de juros. "O financiamento de veículos depende muito da taxa de juros. Como
não prevemos uma redução na taxa no curto prazo, nossa aposta
para 2003 é em exportações", diz.
Segundo ele, a solução para
2003 será aumentar as exportações. A projeção da Anfavea é de
um crescimento de 20% nas vendas de veículos ao exterior.
O setor foi prejudicado pela variação do câmbio. Em número de
unidades houve crescimento de
5,1% em relação ao ano anterior.
Mas, por causa do dólar, o resultado dessas vendas caiu: o faturamento com exportações em 2002
foi de US$ 3,99 bilhões contra US$
4,13 bilhões em 2001.
Para este ano, a expectativa está
nos acordos comerciais com o
México e o Chile.
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