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Média de acerto na perfuração de poços
de petróleo em alto-mar chega a 80%
DA SUCURSAL DO RIO
Não basta querer fazer parte
do seleto grupo que explora o
pré-sal. Uma vez aprovado no
concurso, o geólogo ou engenheiro participa de um curso
de formação geral. Os professores, geralmente profissionais
mais antigos, determinam
quem tem o perfil para trabalhar na equipe, de acordo com o
desempenho no curso e o histórico do candidato.
Antes mesmo de o pré-sal se
tornar a vedete do noticiário, a
geóloga Manuela Caldas já se
encantava pelo assunto, ainda
na faculdade. "A camada de sal
é instável, e eu achava isso uma
coisa interessantíssima." No
mestrado, optou por escrever
dissertação sobre o assunto.
Quando foi contratada pela Petrobras, a trajetória foi natural.
A área de exploração da Petrobras conta com mais de
1.800 profissionais, dos quais
1.542 são geólogos, que estudam as bacias brasileiras e a
possibilidade de ocorrência do
petróleo. Alguns deles trabalham na interpretação, debruçando-se sobre desenhos dos
perfis do solo. Eles contam com
modernos programas que projetam as camadas de subsolo
em 3D. Ali, onde olhos comuns
veem apenas linhas ou cores,
eles identificam indícios de petróleo. Cruzam, o tempo inteiro, dados obtidos dos equipamentos sísmicos das rochas do
solo com o estoque de informações disponíveis na empresa.
Depois de muito debate, esses geólogos de interpretação
concluem onde as chances de
perfurar e encontrar petróleo
são maiores. A proposta de perfuração do poço é, então, apresentada a executivos graduados
da Petrobras. A média de acerto
em alto-mar é de 80%, contra
20% das demais empresas.
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