São Paulo, domingo, 08 de fevereiro de 2009

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Média de acerto na perfuração de poços de petróleo em alto-mar chega a 80%

DA SUCURSAL DO RIO

Não basta querer fazer parte do seleto grupo que explora o pré-sal. Uma vez aprovado no concurso, o geólogo ou engenheiro participa de um curso de formação geral. Os professores, geralmente profissionais mais antigos, determinam quem tem o perfil para trabalhar na equipe, de acordo com o desempenho no curso e o histórico do candidato.
Antes mesmo de o pré-sal se tornar a vedete do noticiário, a geóloga Manuela Caldas já se encantava pelo assunto, ainda na faculdade. "A camada de sal é instável, e eu achava isso uma coisa interessantíssima." No mestrado, optou por escrever dissertação sobre o assunto. Quando foi contratada pela Petrobras, a trajetória foi natural.
A área de exploração da Petrobras conta com mais de 1.800 profissionais, dos quais 1.542 são geólogos, que estudam as bacias brasileiras e a possibilidade de ocorrência do petróleo. Alguns deles trabalham na interpretação, debruçando-se sobre desenhos dos perfis do solo. Eles contam com modernos programas que projetam as camadas de subsolo em 3D. Ali, onde olhos comuns veem apenas linhas ou cores, eles identificam indícios de petróleo. Cruzam, o tempo inteiro, dados obtidos dos equipamentos sísmicos das rochas do solo com o estoque de informações disponíveis na empresa.
Depois de muito debate, esses geólogos de interpretação concluem onde as chances de perfurar e encontrar petróleo são maiores. A proposta de perfuração do poço é, então, apresentada a executivos graduados da Petrobras. A média de acerto em alto-mar é de 80%, contra 20% das demais empresas.


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