|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELES
Dispensas atingem 9% do pessoal; operadora afirma que faz reestruturação
Telefônica corta 918 funcionários
DA REPORTAGEM LOCAL
A operadora de telefonia fixa
Telefônica (controlada pelo grupo espanhol Telefónica) deflagrou um processo de demissões
que visa reduzir em 9% o quadro
de trabalhadores. A empresa afirmou ontem que vai dispensar 918
dos cerca de 10,2 mil empregados.
Segundo a companhia, as dispensas estão ocorrendo devido a
uma reestruturação que uniu a vice-presidência de operações à vice-presidência de planejamento e
implantação. Essas duas áreas foram unidas na vice-presidência
de redes, no final do ano passado.
Segundo a Telefônica, um programa de benefícios foi criado para os trabalhadores demitidos.
Os cortes na operadora estão
sendo anunciados pouco mais de
uma semana depois de o grupo
espanhol Telefónica ter divulgado
um prejuízo líquido de US$ 6 bilhões no ano passado.
As perdas representaram uma
reviravolta do desempenho do
conglomerado, que no ano anterior registrou um lucro de US$ 2,2
bilhões.
Na semana passada, ao ser
questionado se haveria cortes no
Brasil devido ao mal resultado do
conglomerado espanhol no mundo, o presidente do grupo Telefônica no país, Fernando Xavier
Ferreira, esquivou-se. "A Telefônica está sempre fazendo ajustes
para aumentar sua produtividade", disse Ferreira.
O executivo disse que o Brasil
não havia sido responsável direto
pelo prejuízo mundial da Telefônica. Isso porque a filial havia registrado um lucro de R$ 1 bilhão
no ano passado e um faturamento
de R$ 10 bilhões.
Ainda assim, segundo Ferreira,
a filial brasileira contribuiu com o
resultado final do grupo europeu
porque a desvalorização do real
em 2002 forçou uma redução em
euros do lucro contabilizado e enviado à matriz.
O principal motivo do prejuízo
do grupo Telefónica em 2002 teria
sido o investimento que fez em
novas tecnologias de telefonia celular de terceira geração na Europa, que não foram usadas.
Atualmente, a Telefônica tem
sido pressionada pelo governo
brasileiro, que quer evitar que ela
reajuste em cerca de 34% os preços a partir de julho.
(LÁSZLÓ VARGA)
Texto Anterior: Indústria: CNI leva a Lula proposta para baixar juro e ampliar crédito Próximo Texto: Papel-moeda: Nota de R$ 50 mudará para evitar as fraudes Índice
|