|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAPEL-MOEDA
Proposta vai ao CMN
Nota de R$ 50 mudará para evitar as fraudes
LUCIANA COELHO
DA FOLHA ONLINE
A nota de R$ 50 pode mudar de
cara ainda neste ano. O objetivo é
reduzir as falsificações, que no
ano passado causaram um prejuízo estimado de R$ 11 milhões. O
Banco Central e a Casa da Moeda
trabalham em um projeto para
acrescentar à cédula elementos de
segurança semelhantes aos da nota de R$ 20.
A efígie da República, por
exemplo, que ilustra a frente da
cédula, deve ceder espaço a uma
onça-pintada. A cédula também
vai ganhar uma marca tátil, à semelhança da que está no canto inferior esquerdo das cédulas de
R$ 2 e R$ 20, lançadas no ano passado. A medida, além de inibir a
falsificação, também facilita o
manejo do dinheiro por deficientes visuais.
Aprovação
Segundo José dos Santos Barbosa, chefe do Departamento de
Meio Circulante do Banco Central, a proposta deve ser submetida à aprovação do CMN (Conselho Monetário Nacional) no segundo semestre. Se aprovadas, as
novas notas começarão a ser impressas antes do fim do ano.
As modificações fazem parte da
estratégia do BC para inibir os falsificadores que, só no ano passado, forjaram 170,4 mil cédulas de
R$ 50 -isso, contabilizadas apenas as apreensões feitas por bancos e pela polícia e registradas
junto ao BC. É quase a mesma
quantidade de notas de R$ 10 falsificadas (181 mil), mas, pelo valor
mais elevado, o prejuízo causado
foi muito maior.
Barbosa disse que o prejuízo total com as fraudes cresceu 15%,
passando de R$ 9,5 milhões em
2001 para R$ 11 milhões em 2002.
Já o número de apreensões subiu
somente 4%, de 379 mil para 396
mil, o que mostra que os falsificadores estão fabricando notas de
valor mais alto.
Ainda assim, o crescimento foi
menor do que a expansão de 35%
do meio circulante (o dinheiro
que circula pelo país), que cresceu
de R$ 37 bilhões para R$ 50 bilhões no mesmo período.
Falsificação grosseira
Segundo Barbosa, 60% das falsificações são grosseiras e poderiam ser evitadas com gestos simples, como observar a marca d'água da nota contra a luz.
Texto Anterior: Teles: Telefônica corta 918 funcionários Próximo Texto: Reestatização?: EUA detectam retrocesso na privatização Índice
|