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AMÉRICA LATINA
Cobre com preço recorde puxa exportações
Chile tem superávit comercial de US$ 2,2 bi, o maior já registrado
DA BLOOMBERG
O superávit comercial do Chile
mais que dobrou em março com
relação a fevereiro devido aos preços do cobre -o principal produto de exportação do país-, que
alcançaram seu recorde.
O superávit do Chile aumentou
para US$ 2,2 bilhões em março, o
maior já registrado, disse ontem o
Banco Central do Chile.
"As exportações de cobre têm
estado por trás desse desempenho", disse Rafael de la Fuente,
economista-chefe para a América
Latina do BNP Paribas em Nova
York. "Não acredito que os preços
do cobre continuarão altos por
muito mais tempo. Por isso eu
suspeito que não veremos superávits como esse daqui para frente."
O peso chileno se valorizou pelo
terceiro dia consecutivo, subindo
0,2%, para 518,15 por dólar na
manhã de ontem. A moeda registrou valorização de 12% em relação ao dólar nos últimos 12 meses
devido ao aumento dos recursos
gerados pelas vendas de cobre e à
alta das taxas de juros.
O Banco Central do Chile provavelmente elevará sua taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 5%, na próxima semana
-isso só não ocorrerá se o peso
se valorizar para cerca de 510 por
dólar, o que levará os responsáveis pela política monetária do
país a manter a taxa inalterada,
disse de la Fuente.
Desde setembro de 2004, o BC
chileno elevou a taxa de juros em
três pontos percentuais, contribuindo para a valorização da
moeda local, o que reduziu os lucros dos exportadores chilenos.
As exportações do Chile aumentaram para US$ 5,1 bilhões
em março e as importações subiram para US$ 2,9 bilhões.
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